Num momento sombrio da humanidade, em que praticamente todos os países do mundo enfrentam, com muita dificuldade, a pandemia que, aparentemente está determinado a colocar pés ao ar a economia mundial, a nossa economia passou-se do estado frágil e não diversificada à moribunda.
Eminentes economistas preveem uma forte recessão da economia mundial para o ano 2020, com consequências severas no quotidiano dos cidadãos. A primeira é óbvia, um impacto maciço no tecido das (PME), tão decisivo para a atividade e o emprego. O segundo canal é o da crise financeira que afeta primeiro os países avançados, mas que terá muitas consequências na África, e especialmente a relutância dos países avançados, que já haviam se endividado em massa antes. O terceiro canal é o efeito já registado nos preços das matérias-primas e, em particular, do petróleo, que vai colocar muitos países africanos em situações de insuficiência de liquidez ou mesmo de insolvência.
A nossa economia é fortemente dependente do setor terciário (comercio, restaurantes, hotéis, transportes, comunicação, etc), que contribui à quase (50%) na criação da riqueza nacional (PIB), o qual é a primeira vítima do covid-19, através das medidas de restrições impostas para evitar a sua propagação. E certo que medidas foram tomadas pelo BCEAO para aliviar possível incumprimento das empresas face aos bancos comerciais, o que contrasta, a incerteza que ainda paira sobre sustentabilidade do cumprimento dos encargos fixos, principalmente salários dos funcionários, dessas empresas que estão em cessão involuntária de atividade.
Compreende-se, o silêncio ensurdecedor do governo perante medidas financeiras a serem tomadas para fazer face à calamidade que se aproxima, sobretudo, no contexto atual do país em que o governo viu-se obrigado a subtrair uma parte do montante previsto para pagar títulos vencidos num valor que ronda os 24 mil milhões de FCFA, para fazer face à obrigação salarial da função pública. E para agravar ainda mais a situação, o governo não conseguiu mais de ¼ do montante solicitado na sua emissão de títulos no início da semana, destinado a honrar os títulos vencidos.
Com o setor terciário paralisado, consequentemente o primário (agricultura, pesca, castanha de caju, etc) conhecera um revés contundente e o Estado será confrontado a uma quebra brutal das receitas fiscais e estará igualmente, num curto prazo de tempo numa situação de estrangulamento total. Devido o acima exposto, a previsão é de uma recessão para o ano 2020 e na melhor das hipóteses um crescimento de 0,5%.
É imperativo e urgente um confinamento total e obrigatório da população para minimizar não somente um catástrofe sanitário, assim como económico, porque quanto mais alastrar, mais vai durar e custara mais ao Estado, em vidas humanas e financeiramente.
Um bem haja a todos os guineenses,
Que Deus nos ajude, como sempre!
Por: Joao Pensador
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