A revelação foi feita nesta segunda-feira, 9, no Tribunal da Praia, capital de Cabo Verde, pelo comandante Luís Gregório, quem negou saber que o navio tinha droga, mas sim alimentos e 30 toneladas de óleo diesel.
Gregório e mais quatro brasileiros foram contratados para levar o barco, segundo ele, por um armador de nome Raimundo no porto de Belém, no Estado do Pará.
O comandante adjunto Daniel da Silva, de 47 confirmou a versão de Gregório, reiterando, no entanto, que, segundo os mapas da viagem, o destinio era a “Guiné”, ficando depois na dúvida entre a Guiné-Bissau e a Guiné Conacri.
A Polícia Judiciária e a Guarda Costeira de Cabo Verde detiveram a embarcação, segundo o comandante, a 200 milhas da Guiné-Bissau, em águas internacionais a 1 de Agosto, mas a defesa diz que estava a 400 milhas náuticas de Cabo Verde e que as autoridades do arquipélago tinham autorização da justiça brasileira para tal.
Do lado da defesa dos brasileiros, o advogado José Enrique acusou as autoridades cabo-verdianas de tê-los detido em águas internacionais, fora da competência das autoridades cabo-verdianas, tendo o tribunal confirmado que a operação teve autorização do Brasil e respeitou a convenção das Nações Unidas sobre o tráfico de droga.
O julgamento continua nesta terça-feira, com a audição dos demais três membos da tropulação, que se encontram em prisão preventive.
Texto VOA
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