Drone da operação militar francesa Barkhane em Niamey, Níger. Daphné BENOIT / AFP
Segundo fontes oficiais locais, pelo menos 31 militares nigerinos e 63 jhadistas foram mortos ontem à tarde num ataque contra um acampamento militar em Chinégodar, no oeste do Níger, na região de Tillabéri, a 10 kms da fronteira com o Mali.
Esta região situada a 200 kms da capital Nimaey é a mesma onde a 10 de Dezembro morreram 71 soldados nigerinos, num ataque em Inates, reivindicado pelo Estado Islâmico e a 25 do mesmo mês 14 militares foram mortos em Sanam e desta vez o modus operandi foi semellhante.
Os jihadistas em grande número, fortemente armados, com viaturas e motorizadas, deslocaram-se em duas colunas, começando por atacar do lado oeste, em direcção de Akabar, no Mali e a segunda com dezenas de motorizadas veio do lado leste da floresta de Ikrafane no Níger.
Mas apesar da destruição de rede de telefonia móvel e do sistema de GPS os soldados nigerinos conseguiram lançar o alerta através da rádio e a riposta conjunta da força aérea nigerina e a intervenção aérea vinte minutos depois da operação militar francesa Barhkane conseguiram neutralisar o ataque.
Tropas americanas estão também presentes no Niger e alguns dos jihadistas que conseguiram fugir, foram atingidos por drones norte-americanos, dado que o os Estados Unidos possuem também uma base militar importante de drones em Agadez, no centro do Níger.
Este ataque não foi ainda reivindicado mas grupos armados terrroristas reivindicando ligações com a rede terrorista Al quaeda e/ou com o Estado Islâmico, são muito activos nesta região situada entre as fronteiras do Niger com o Mali e o Burkina Faso.
Este ataque que significa mais um revés para os jihadistas, dos quais mais de uma centena foram mortos desde 20 de Dezembro, ocorreu em vésperas da reunião segunda-feira (13/01) em Pau, no sudoeste da França a convite do Presidente Emmanuel Macron dos chefes de Estado do designado grupo G5 Sahel constituído pelo Niger, Burkina Faso, Mali, Mauritânia e Chade, para analisar precisamente a luta anti-jihadista na regão do Sahel.
Emmanuel Macron pretende clarificar a situação da força de interposição francesa Barkhane, que com 4.500 soldados na região e apesar dos sucessos tácticos nos últimos dias, tem sido acusada de ser incapaz de proteger as populações civis e mesmo de neo-colonialista.
Na ocasião e segundo anunciou a 22 de Dezembro o Presidente nigerino Mahamadou Issoufou, durante a visita a Niamey do Presidente Emmanuel Macron deverá ser lançado um forte apelo à solidariedade internacional.
RFI
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