quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Ao longo dos últimos 4 anos, o cargo, a representatividade, o estatuto, o símbolo do Presidente da República, foram de tal forma banalizados na Guiné-Bissau, que, nos dias que correm, impõe-se questionar:


Por Fernando Casimiro 

Garantir a Estabilidade Governativa sem garantir a Estabilidade Política, Institucional, Social e Económica, na Guiné-Bissau, tendo com base o cumprimento escrupuloso das competências e atribuições, constitucionais do Presidente da República, seja ele quem for, pressupõe, numa abordagem realista, não levar a preceito a Constituição e as Leis da República da Guiné-Bissau.

Quando a preocupação pela Estabilidade de um País e consequentemente, de uma Sociedade, na sua abrangência multidimensional, se resume a um "Acordo de cavalheiros", entre um Presidente da República e o Partido que detém a Governação, para que, os seus interesses sobreponham o Interesse Nacional, quiçá, o Interesse de Todos os Guineenses, poderemos dizer, em jeito comparativo, que, numa ditadura, também existe estabilidade, mas que não é dessa estabilidade que se pretende, para um Estado de Direito, Democrático, com uma Governança assente na Transparência, no Respeito Escrupuloso pela Constituição e pelas Leis da República, que queremos para a Guiné-Bissau.

Ao longo dos últimos 4 anos, o cargo, a representatividade, o estatuto, o símbolo do Presidente da República, foram de tal forma banalizados na Guiné-Bissau, que, nos dias que correm, impõe-se questionar:

Afinal, é ou não, importante, o cargo, a função, a representatividade, o estatuto e o símbolo de Presidente da República?

E como podemos valorizar tudo isso, de um Presidente da República?

Diabolizando-o?

Desrespeitando-o?

Ignorando-o?

Conspirando contra ele?

E agora, que teremos um novo Presidente da República, seja ele quem for, entre os 2 candidatos que disputarão a segunda volta das presidenciais no dia 29 de Dezembro, queremos continuar a promover e a incitar a diabolização da figura do Presidente da República, ou aceitar com naturalidade, que outros o façam...?!

Queremos continuar a promover e a instigar o desrespeito, a ignorância e a conspiração contra o novo Presidente da República, ou aceitar com naturalidade, que outros o façam...?!

Ou queremos todos, que a figura do Presidente da República, no exercício do cargo/funções, seja respeitada de acordo com as competências e atribuições que a Constituição da República da Guiné-Bissau lhe delega?

O Tempo terá respostas para estas questões, certamente!

Positiva e construtivamente, vamos continuar a trabalhar!

Didinho 10.12.2019

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