quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Quem é que não sabe que a Guiné-Bissau é um Estado-membro de todas essas Organizações, e por isso, deve ser tratada com respeito, e não, com humilhação?

Por Fernando Casimiro

Quem, enquanto Guineense, comprometido com o seu País, pode ter receio de sanções da CEDEAO, da União Africana, da CPLP e da ONU...?

Quem é que não sabe que a Guiné-Bissau é um Estado-membro de todas essas Organizações, e por isso, deve ser tratada com respeito, e não, com humilhação?

Um Estado-membro; um País que conquistou a sua Independência Política, o primeiro passo de um longo percurso e processo, visando o desenvolvimento e a Independência Económica, com Sangue, Suor e Lágrimas, de forma heróica, histórica, e exemplar para todo o Mundo, na aprendizagem do conceito e do espírito do slogan "Unidade e Luta" de Amilcar Cabral?

Se a CEDEAO se atreve a intimar e a intimidar Cidadãos Guineenses, por via de suas nomeações para o Governo (por parte do Presidente da República da Guiné-Bissau, eleito democraticamente, independentemente de término do seu mandato, mas tendo em conta que até novas eleições presidenciais, continua a ser o Presidente da República da Guiné-Bissau, mormente as limitações constitucionais e não as imposições da CEDEAO ou da ONU), para apresentarem suas demissões para os cargos que foram nomeados, então, todos os princípios do Direito Internacional estão a ser violados relativamente à Guiné-Bissau, enquanto Estado Independente e Soberano, mesmo que, apenas, repito, apenas, politicamente!

Não devemos aceitar nenhum ultimato, nenhuma chantagem, de nenhuma Organização Internacional ou Países terceiros, tendo em conta, decisões soberanas!

A CEDEAO, a União Africana e a ONU, querem de facto, eleições presidenciais pacíficas, livres e transparentes na Guiné-Bissau?

Querem de facto a Paz para a Guiné-Bissau e para o Povo Guineense?

Querem de facto um novo rumo para a Guiné-Bissau depois da realização das eleições presidenciais?

Ou querem ser os principais protagonistas para a não realização das eleições presidenciais na data marcada, e promotores de um clima de tensão que pode ter consequências trágicas para o presente e o futuro da Guiné-Bissau?

Onde está o espírito da Mediação, da Tolerância, da Imparcialidade, do saber auscultar todas as partes desavindas e, a sugestão do Diálogo e da Paz, como continuação da Lição, de todas as lições anteriores...?

Porquê a Guiné-Bissau como "bode expiatório", e exemplo de imposições e humilhações, quando, independentemente das suas crises políticas, alicerçadas no seu sistema de organização política, o País não vive uma situação de instabilidade social grave/volátil, nem mesmo de guerra; de promoção e cumplicidade com o terrorismo; de ausência de autoridade do Estado, por via da subordinação das suas Forças de Defesa e Segurança, à Constituição da República e aos Órgãos de Soberania do Estado?

Porquê a Guiné-Bissau e não outros Países da nossa sub-região, com mais problemas do que a Guiné-Bissau?

Não Aceito e creio que Amilcar Cabral não aceitaria!

Positiva e construtivamente.

Didinho 06.11.2019

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