Os chefes das Forças Armadas do Senegal, Nigéria, Níger e Togo chegaram hoje a Bissau para uma série de reuniões com as autoridades políticas e militares da Guiné-Bissau, disse à Lusa fonte do Governo guineense.
Segundo a mesma fonte, já se encontram numa unidade hoteleira do centro de Bissau os chefes dos Estados-Maiores Generais das Forças Armadas dos quatro países da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que a organização decidiu enviar numa cimeira extraordinária para debater a situação política na Guiné-Bissau.
A comitiva é composta pelos generais Cheikh Gueye, do Senegal, Abayomi Gabriel Olonishakin, da Nigéria, Ahmed Mohamed, do Níger, Félix Abalo Kadangha, do Togo, e é integrada também pelo general Usman Yusuf, chefe do Estado-Maior das forças da CEDEAO.
Os responsáveis militares vão manter uma série de contactos com as autoridades políticas guineenses, entre quinta e sexta-feira, nomeadamente com o Presidente cessante do país, José Mário Vaz, com o primeiro-ministro, Aristides Gomes, e com os ministros da Defesa e do Interior.
A deslocação dos chefes militares antecede a visita, no sábado, dos Presidentes da Costa do Marfim, Gâmbia, Guiné-Conacri, Gana, Níger e Nigéria, com a finalidade de informar José Mário Vaz das decisões da cimeira da CEDEAO, realizada no dia 08, no Níger, em que se discutiu a crise política na Guiné-Bissau.
José Mário Vaz, que se encontra em campanha eleitoral, como candidato à sua reeleição nas presidenciais do próximo dia 24, não esteve presente na cimeira que se realizou no Níger.
Entre outras medidas, a CEDEAO decidiu reforçar o seu contingente militar na Guiné-Bissau, atualmente composto por cerca de 600 soldados, uma situação que tem sido bastante criticada por líderes políticos guineenses que a consideram de invasão estrangeira.
NAOM
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