domingo, 20 de outubro de 2019

Jorge Herbert - PAIGC - Partido Apoiante da Introdução de Ganzas e Cocaína (na Guiné-Bissau)

Por Jorge Herbert

Para além dessa atividade ilícita, o lider do partido, o Primeiro-ministro, a Ministra dos Negócios obscuros e o seu Secretário de Estado das Comunidades tornaram-se especialistas em mentir e aldrabar o povo! E são tão limitados que não conseguem coordenar as mentiras para contarem uma só versão! E assim, vindo do partido conotado com o tráfico de droga, os guineenses conheceram mais que uma versão da novela sobre a negociata (“zambrice” é como lhe chamo!) da nomeação como cônsul da Guiné-Bissau em Bogotá e consequente atribuição do passaporte diplomático à um casal Colombiano, fortemente suspeitos de estarem ligados ao tráfico internacional de estupefacientes...

Como existem procedimentos diplomáticos a serem cumpridos entre os dois países, para se poder nomear alguém como Cônsul de um país na sua cidade, e isso estaria a atrapalhar a pressa que tinham em que o traficante libertasse verbas importantes para a campanha presidencial do candidato do PAIGC nas presidenciais, então toca a nomeá-lo Conselheiro especial do Primeiro-ministro, para poder atribuir-lhe o desejado passaporte diplomático que lhe facilitaria a sua circulação na Europa e a respetiva movimentação das cargas de Cocaina da Colômbia para a Europa. Só que, quer o traficante Colombiano, quer os Djilas de Passaportes que se dizem nossos governantes, não pensaram que um país como Espanha, tem rigor no controlo dos dados das pessoas que acedem e residem no seu território! O que traiu toda essa negociata, foi o facto do Sr. Zambrano, ter colocado no seu passaporte uma residência em Espanha que não detinha. Por não deter efetivamente essa residência em Espanha, teve de pedir à Embaixada espanhola na Guiné-Bissau um visto de entrada em Espanha, a partir da Guiné-Bissau, quando os residentes de um país não precisam de visto de entrada para esse mesmo país!

Só não se provou que o Sr. Zambrano acompanhava a carga apreendida na “Operação Navarra” e pretendia deslocar-se à Espanha, para controlar a recepção, nesse território, da carga no entanto apreendida...

O pedido de visto de entrada no solo espanhol traiu o Sr. Zambrano e aos Djilas de Passaportes diplomático, que contavam com uma boa fatia resultante da comercialização da carga apreendida na “Operação Navarra”, porque foi esse pedido de visto que deu o alarme da possibilidade do trânsito de uma importante carga de Cocaína da Colômbia para a Espanha, tendo como ponto de passagem o território guineense, cujo os governantes são facilitadores dessa atividade, de forma consciente ou a fazerem-se de inocentes sem a participação direta, em troca de algum fundo para as Campanhas eleitorais da Organização Criminosa que domina a Guiné-Bissau há mais de quatro décadas...

A questão que se põe, é que, se acontecesse num país sério e com um poder judicial forte e independente do poder executivo criminoso, os responsáveis facilitadores desse crime de dimensão internacional, estariam indiciados pela justiça e consequentemente retirados dos cargos que ocupam no aparelho do governo... Mas, na Guiné-Bissau, o PAIGC acha-se dono e senhor daquele território, por isso tudo é possível e tolerável ao PAIGC, para que o povo continue na miséria e uns poucos continuarem a enriquecer-se, com o devido beneplácito de uma falida e fortemente suspeita Comunidade Internacional, que tem uma agenda própria a ser executada pelo líder do PAIGC, da qual tenho sérias dúvidas se não se cruza com esse crime transfronteiriço de estupefacientes...
Nessa lógica, o Dr. José Mário Vaz, um homem que defende a sua pátria e o seu povo, disposto até a morrer para a defesa dos valores nacionais que os nossos antepassados nos transmitiram, torna-se “uma pedra no sapato” desses facilitadores do crime transfronteiriço, um homem indesejado por essa suspeita Comunidade Internacional, que tem no PAIGC o parceiro para obter as riquezas do nosso mar, da nossa agricultura e a força manual dos guineenses, ao desbarato, como se provou na suspensão do Acordo das Pescas com a União Europeia e a sua posterior assinatura ao desbarato com o PAIGC e a afronta ao preço da nossa Castanha de Cajú, promovido e apoiado pelo PAIGC, apenas porque quem quis valorizar esse nosso produto foi o Presidente da República.

Ainda em relação ao caso Zambrano, peço ao líder do PAIGC, ao Primeiro-ministro, à Ministra dos Negócios Obscuros e ao Secretário de Estado das Comunidades, que tenham a ombridade, a dignidade e a vergonha na cara de se demitirem das suas funções governativas e se colocarem à disposição da justiça, embora esta também seja duvidosa, e deixem de se esforçarem e desdobrarem-se em mentiras, para tentar enganar o povo guineense, com versões diferentes do mesmo acontecimento, cuja a verdade todos os guineenses já conhecem, pese embora aqueles que dependem de vocês para ganhar a vida, fazem que recusam olhar em direção à verdade dos factos!

À Sra. Ministra da Saúde, acreditando ainda na sua idoneidade, apelo para que, já que se comprometeu, marcando a presença na inauguração de um Armazém de Medicamentos que opera na Guiné-Bissau sem a adequada fiscalização do Estado, que aprofunde mais sobre a proveniência desse investimento e esforce-se para legislar no sentido de regular essa atividade na Guiné-Bissau, que é efetivamente um sector sensível da nossa Saúde Pública...

Estou convicto que o caso do casal Zambrano, foi apenas a ponta do iceberg do problema sobre o negócio dos passaportes diplomáticos e de serviço, do qual o Dr. José Mário Vaz cedo quis pôr cobro, logo que chegou ao poder, tendo estimulado a justiça para trabalhar nesse sentido e tentar trabalhar na reestruturação do nosso Corpo Diplomático, tendo, no entanto, enfrentado a resistência do então Primeiro-ministro de nome Domingos Simões Pereira, que se recusou colaborar com a justiça, demitindo os membros do seu governo indiciados por esse crime, para que respondessem à justiça...

Ainda há muito caminho a percorrer para a verdadeira libertação do povo guineense, porque distanciou-se muitas milhas do ponto da liberdade onde Amilcar Cabral e companheiros nos deixaram...

Jorge Herbert

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