segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Kuma, pa Terra Fria


Por Dara Fonseca Ramos

O título deste texto significa em português "disseram, para acalmar/esfriar o país" e este é um dos slogans da candidatura de Domingos Simões Pereira apoiado pelo seu partido PAIGC. Ora, todos sabemos que o último golpe de estado na Guiné-Bissau foi em 2012 e tirou do poder o seu agora adversário, Carlos Domingos Gomes. Também acredito que nos últimos 7 anos todos os desaparecimentos/mortes de políticos, activistas ou destacados na vida polico-social guineense tenha sido fruto do "destino". Portanto, tudo frio.

Modus operandi do PAIGC é "pôr fome na barriga e muita necessidade no cérebro" só assim o povo guineense faz EXIGÊNCIAS.

O último governo, não pagou 4 meses de salários houve greves por todos os setores chegou se a um estado de necessidade tal que o povo que havia votado 102 deputados já aclamava desesperadamente por um novo governo sem que a mesa da assembleia estivesse em plenitude. O caricato é que temos hoje o mesmo primeiro ministro.

E por isso mesmo, para não variar desde que o governo do PAIGC liderado por Domingos Simões Pereira foi demitido em Agosto de 2015 foi posta em marcha, pela direção do PAIGC um plano para que o povo viesse a necessitar não só de "homens políticos" como um "presidente executor". A partir dessa data, a direção do PAIGC fez
1- Périplos para denigrir a imagem do país (Não somos um país merecedor da visita de certas personalidades, somos um narcoEstado ...)
2- Recrutaram um (mercenário) português para denegrir via facebook a imagem de todos os principais actores políticos da Guiné-Bissau
3- Criaram movimentos sociais para incitar a desordem
4- Contrataram equipas para difamação e ofensa no facebook de todos os que chamaram "bolhas de resistências"
5- Incitaram ofensas ao presidente da República e expuseram segredos de estado...

Depois deste cenário é sabido que a vida política da Guiné-Bissau é uma amostra dos problemas internos do partido que deu origem ao estado, o PAIGC. Nesta ótica é imperativo não esquecer que:

1- A direção de Domingos Simões Pereira foi incapaz de unir o PAIGC depois do congresso de Cacheu em 2014
2- O PAIGC sob esta mesma liderança em 2018 alterou o seu estatuto para dar mais poderes ao seu presidente

É no mínimo assustador ouvir o candidato apoiado pelo PAIGC Domingos Simões Pereira falar em “reconciliação nacional” e “unidade nacional” Como assim?

Quanto ao papel do presidente da República que o PAIGC não permitiu que José Mário Vaz desempenhasse, só posso pedir ao povo que puxe pela memória e se lembre de que a necessidade de ter hoje um presidente "com brilhantina no cérebro" é do PAIGC porque na República da Guiné-Bissau só precisamos mesmo de um presidente que garanta a "reconciliação e a unidade Nacional" e o presidente do PAIGC não deu provas de capacidade nessa matéria.

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