quarta-feira, 10 de julho de 2019

Impressão 3D de pele e ossos vai ajudar a levar humanos a Marte


A impressão 3D de tecidos humanos deverá poder ajudar a manter os astronautas saudáveis na viagem até Marte. Projeto produziu as primeiras amostras de pele e ossos bio-impressos.

A notícia foi avançada pela Agência Espacial Europeia (ESA), em comunicado e demonstra como já foram produzidas amostras de última geração, preparadas por cientistas do Hospital Universitário da Universidade Técnica de Dresden (TUD), com o objetivo de ajudar a levar astronautas até Marte. O projeto faz parte de um consórcio que envolve também o Sistema OHB e a empresa especializada em ciências da vida, Blue Horizon.

“As células da pele podem ser bio-impressas usando plasma sanguíneo humano como uma ‘bio-tinta’ rica em nutrientes – que estaria facilmente acessível para os membros da tripulação de uma missão a Marte,” comenta o cientista Nieves Cubo, da TUD, que acrescenta: “no entanto, o plasma tem uma consistência altamente fluida, dificultando a impressão em condições gravitacionais diferentes do que encontramos na Terra”.

Tommaso Ghidini, chefe da Divisão de Estruturas, Mecanismos e Materiais da ESA, que coordena o projeto, explica que uma viagem a Marte, “ou a outros destinos interplanetários, irá envolver vários anos no espaço”, daí que a tripulação “corra muitos riscos”. A resposta, até por ser impossível ocupar todo o espaço de carga com bens médicos e outros, “será a capacidade de bio-impressão 3D para responder a emergências médicas à medida que surgirem”.

Infografia da ESA sobre o processo (em inglês)

No caso de queimaduras, por exemplo, uma pele nova pode ser bio-impressa, tal como “no caso de fraturas ósseas – mais prováveis pela ausência de gravidade do espaço ou pela gravidade parcial de 0,38 da Terra de Marte – o osso de substituição bio-impresso teria como base o próprio astronauta o que eliminaria problemas de rejeição do transplante.”

Com a bio-impressão 3D a evoluir na Terra, este projeto é o primeiro a adotá-la fora do planeta, explica Tommaso: “É um padrão típico que vemos quando prometemos tecnologias terrestres para o espaço, desde câmaras até microprocessadores”. O desafio agora, para levar a tecnologia para o espaço, é otimizar e diminuir o tamanho das máquinas.

Fonte: insider.dn.pt


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