sexta-feira, 12 de julho de 2019
GUINÉ EQUATORIAL - Teodoro Obiang "satisfeito" com trabalho de filho e vice-presidente
O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, elogiou hoje o trabalho do seu primogénito e vice-presidente e admitiu que este lhe possa suceder no cargo, apesar de o país não ser "uma monarquia".
Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido como 'Teodorín', é o filho mais velho de Teodoro Obiang e é desde 2017 vice-presidente do país.
Em entrevista à agência Lusa em Malabo, Teodoro Obiang, no poder desde 1979, afirmou que o filho terá de se sujeitar ao processo de validação política do Partido Democrático da Guiné Equatorial (no governo, com a totalidade dos assentos no parlamento) se lhe quiser suceder dentro de cinco anos, quando termina o atual mandato.
"Aqui não há uma monarquia para suceder. É uma democracia. Ele pode apresentar-se como candidato, pode apresentar-se e se o povo o apoiar chegará a suceder-me democraticamente", disse Obiang, 77 anos, que cumpre em agosto 40 anos no poder.
"Creio que o vice-presidente, como jovem", é "aquele que lidera todas as organizações juvenis que se estão a formar [no país], em colaboração com os jovens da sua geração", disse, acrescentando: "Isso satisfaz-me".
Não esclarecendo se tenciona terminar o mandato, Obiang recordou que, em 2024, serão convocadas novas eleições. E aí, "só o povo, através dos partidos, decidirá quem será os candidatos".
Nas ruas de Malabo, a par de cartazes de parabéns ao Presidente, que fez anos a 05 de junho, algo que é habitual no país, são visíveis também 'outdoors' com cumprimentos pelo aniversário de Teodorín, que completou 50 anos a 25 de junho, apresentando-o como "defensor da pátria" e "exemplo da juventude".
'Teodorín' foi sujeito a processos judiciais em França e nos Estados Unidos por suspeita de lavagem de dinheiro e é acusado por vários opositores de gastar em festas e em moradias dinheiro do erário público equato-guineense.
Fazendo um balanço dos seus 40 anos de governação, Teodoro Obiang considerou que o seu legado é uma "herança geracional" de passagem de testemunho para os mais jovens.
"Estamos a apoiar os jovens que vão ser os herdeiros da direção política do país, formando-os e educando-os", afirmou o Presidente, que destacou, nessa matéria, o trabalho do seu filho.
Teodoro Obiang concedeu entrevistas à Agência Lusa e ao jornal francês L'Opinion, depois da cerimónia de entrada do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE, no poder), como observador, na Internacional Democrática do Centro África (IDC, que representa partidos de centro-direita).
Por NAOM
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