A Assembleia Nacional do Burkina Faso aprovou hoje a extensão por mais seis meses do estado de emergência em várias regiões do país que enfrentam um aumento sem precedentes de ataques por milícias armadas, segundo a agência France-Presse.
O projeto de lei, aprovado durante uma sessão extraordinária do parlamento, vai prolongar até 12 de janeiro de 2020 o estado de urgência que terminava no próximo sábado, dia 13 de julho.
Esta nova diretiva abrange sete das 13 regiões e 14 das 45 províncias do Burkina Faso
Segundo a Assembleia Nacional, esta extensão "visa fortalecer e consolidar a luta contra a insegurança e dar mais oportunidades e recursos para as Forças de Defesa e Segurança (FDS) [para] continuarem os seus esforços de proteger o país".
O Burkina Faso tem testemunhado um aumento de ataques violentos por milícias islâmicas que pretendem aumentar a sua influência no Sahel, uma região árida que se prolonga pelas margens do deserto do Saara.
Decretado pelo Presidente do país, Roch Marc Christian Kaboré, em dezembro de 2018, o estado de emergência deu poderes adicionais às forças de segurança, incluindo a realização de buscas sem mandados.
Os ataques atribuídos aos grupos islâmicos provocaram a morte a mais de 450 pessoas desde 2015, sendo que a capital, Ouagadougou, foi alvo de três ofensivas.
NAOM
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