Fernando Casimiro
Se o Parlamento da Guiné-Bissau continuar em modo de bloqueio, e tendo em conta a agenda governativa, sem que tenha sido avançada uma data para a apresentação, discussão/debate, quer do Programa do Governo, quer do Orçamento Geral do Estado; como também, a dinamização da agenda e do calendário das eleições presidenciais marcadas para 24 de Novembro próximo, que implicam, face ao anúncio público de intenção de candidatura de figuras proeminentes da Assembleia Nacional Popular, uma interinidade no dirigismo do Parlamento, que, não se apresenta fácil de conseguir, de forma regimental, legal e constitucional, mesmo tendo em conta o acordo de incidência parlamentar que suporta o actual Governo, face à inconformidade da composição da Mesa da Assembleia Nacional Popular, desde o acto de investidura dos Deputados, que mantém o Parlamento bloqueado, e a animosidade que poderá sustentar uma confrontação de interesses superiores, pessosis, partidários e de GRUPOS, o que colheremos duma legislatura doentia à nascença?
Alguém tem dúvidas de que o Parlamento da Guiné-Bissau não funcionará, uma vez mais, ao longo desta nova legislatura e durante s sua duração de 4 anos, desta feita, não por estratégias político-partidárias, concertadas, tendo como alvo o Presidente da República, e os dissidentes do PAIGC, mas sim, um novo conflito interno no PAIGC, por via das reivindicações de retorno de contrapartidas a favor do partido e em prejuízo da organização política do Estado, das suas instituições, dos seus deveres e dos seus direitos para com os cidadãos?
Forçaram, impuseram, a nomeação de um novo Governo, mas não se preocuparam com o alicerce do próprio Governo, que é o Parlamento.
Positiva e construtivamente.
Didinho 29.07.2019
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