Bissau, 27 Mai 19 (ANG) - O Diretor-geral denunciou esta segunda-feira a alegada tentativa de ocupação ilegal do terreno destinado a construção do Palácio da Cultura por parte de alguns dirigentes.
João Cornélio Gomes Correia que falava aos jornalistas, sobre a data de comemoração do 42º aniversário da morte do Músico, Poeta e Escritor José Carlos Schwartz afirmou estar munido de documentos para provar as suas denúncias.
Lembrou que todos estão a criticar, que os concertos realizados no Estádio 24 de Setembro podem estragar o relvado, mas que se o palácio da Cultura for construído, além de auditório, vai ter também um arena, e ninguém volta a fazer espetáculos no estádio.
Cornélio Correia indicou que, se um país pretende desenvolver a sua cultura, deve pautar pela criação de infraestrutura, porque é um ponto importante no desenvolvimento da economia criativa e de indústria cultural.
“ A Direção-geral da Cultura está empenhada em legalizar e implementar as leis que regem o sector cultural, desde o direito do autor ao combate a pirataria,” frisou.
Também falou da lei de manifestação cultural que regula o papel dos artistas, promotores de eventos,e não de forma como tem estado a acontecer no país em que muitos organizam manifestações sem serem profissionais e sem licenças, e muitas agências não pagam os impostos fiscais ao Estado.
Em relação a data comemorativa do dia nacional da música, disse que não serve apenas para homenagear os heróis da cultura, mas também para refletir a cultura, e que, apesar de a atual crise política, a sua direção vai assinalar o dia com a realização de mini- evento.
Explicou que a secretaria de Estado da Juventude, Cultura e Desportos em colaboração com Centro Académico José Carlos Swartz e Associação dos músicos promovem hoje uma serenata, para a qual estão convidados todos os homens da cultura desde artistas plástica, músicos, cantores, poetas, compositores e outros.
Cornélio Correia lamentou o facto de na Guiné-Bissau ninguém paga o que consome das artes, desde quadros , músicas que passam nos espaços publicitários nas rádios, nos bares e nas bombas de combustíveis.
O Diretor-geral da Cultura referiu que havia Escola de Música Nacional fundada em 1978, denominado “José Carlos Schwartz” mas que mais tarde veio a desaparecer. Acrescentou que ele próprio,o José Manuel Fortes, Francisco Sanhá, Inês Trigo e Juca Delgado são frutos daquela instituição nos anos 79 a 82, antes de ir para Portugal fazer o curso de música.
Aquele dirigente disse que desde então mais ninguém foi enviado pelo governo para se formar em música.
Cornélio Correia disse entretanto que, felizmente, a sua direção conseguiu enviar 17 jovens, nomeadamente MC Sadjá, Samanta, Albanês, Marlom e outros para uma escola privada em Portugal para estudar a música, após uma curta formação local de seis meses.
Afirmou que existem condições para o funcionamento de uma escola de música no país.
ANG/JD//SG
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