terça-feira, 30 de abril de 2019
Era inimaginável pensar que a Guiné-Bissau iria se afundar assim tão drasticamente
De 1998 para cá, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) já mediou quase tudo na Guiné-Bissau: guerra civil, golpes de Estado, pactos de transição, nomeações de primeiros-ministros, formações de governos, etc.
Mas, seria impensável que os políticos guineenses fossem tão divididos (e tão radicais) ao ponto de precisarem de uma intervenção regional num processo da escolha de elementos da mesa de uma legislatura da ANP, um orgão (supostamente) soberano, por excelência.
Tudo isto leva-me a perguntar: qual será a próxima missão de mediação da CEDEAO na Guiné-Bissau? Nomear chefias militares, juízes, directores-gerais ou chefes de repartições públicas?
Era inimaginável pensar que a Guiné-Bissau iria se afundar assim tão drasticamente.
"Nostra culpa".
--Umaro Djau
Foto: Braima Daramé
Umaro Djau
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