quarta-feira, 20 de junho de 2018

UNICEF - Crianças norte-coreanas estão em melhor estado de saúde

As crianças norte-coreanas sofrem hoje menos de atrasos de crescimento por causa da subnutrição crónica do que há anos atrás, mas as de cinco anos continuam a ser afetadas, anunciou hoje a Unicef.


Estes dados resultam de uma pesquisa realizada pelo departamento central de estatísticas do governo norte-coreano, com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 8.500 casas em 2017.

De acordo com esta pesquisa, a taxa de nanismo nacional na Coreia do Norte tem diminuído nos últimos anos, passando de 32,4% (2009) para 28% (2012) e, no ano passado, para 19%.

Estes novos dados "mostram pequenas melhorias, mas persistentes desafios", disse a Unicef em comunicado.

Segundo a agência da ONU, os resultados mostraram "diferenças significativas" entre as regiões. Por exemplo, na capital, Pyongyang, 10% das crianças são raquíticas, enquanto na província nortenha de Ryanggang, perto da fronteira com a China, cerca de 32% são afetadas por problemas de crescimento.

A pesquisa também revelou que mais de um terço da água potável doméstica está poluída.

"A situação é pior nas áreas rurais, onde quase metade de todas as crianças ainda correm um risco significativo de doenças e desnutrição", alerta a Unicef.

Em meados de maio, o chefe do Programa Alimentar Mundial, David Beasley, disse que a fome na Coreia do Norte diminuiu desde a década de 1990, quando o país passou por uma crise de comida que causou centenas de milhares de mortes.

O responsável sublinhou, no entanto, que não havia dúvida de que a fome e a desnutrição continuavam a ser um problema no país, que tem apenas "15 a 20% das terras aráveis".

Em março de 2017, um relatório coordenado pela ONU constatou que 10,5 milhões de norte-coreanos (41% da população) estavam subnutridos e 18 milhões (70% da população) dependiam de distribuições públicas de rações de cereais e batatas.

NAOM

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