“A Guiné-Bissau tem um número elevado de partidos políticos, isso é que nos trás serias confusões, os números dos partidos devem ser reduzidos” - um combatente no encontro de Foia, Tite.
A 4 de maio, o UNIOGBIS deu início a um programa comunitário que inclui projeções de filmes sobre cidadania e direitos humanos, seguido de reuniões com líderes comunitários para informá-los sobre o próximo processo eleitoral, o sistema judiciário e a prevenção do DTOC.
O programa começou simultaneamente em quatro regiões - Norte (Cacheu), Bijagos (Bolama); Sul (Quinara) e Leste (Bafatá) e serão lançados na capital durante esta semana, num total de 47 localidades em todo o país. Os participantes do Leste, que incluiu mulheres e jovens, levantaram particular preocupação pela instabilidade política que tem impactado as suas condições de vida, expressaram desapontamento por seus líderes políticos que em suas opiniões demonstram falta de interesse pelo povo e pelo país. Eles mostraram apreço pelas informações fornecidas, pois dizem que isso lhes permitirá ter mais conhecimento sobre a constituição, como o sistema político funciona e tomar decisões mais informadas e participação no processo eleitoral vindouro.
Em Tite, que recebeu pela primeira vez a equipa do UNIOGBIS, o chefe de tabanca de foia mostrou-se satisfeito com a iniciativa e disse que nunca na historia daquela tabanca receberam uma atividade de carater sensibilizador como esta. Rosa Pereira Siga, uma das participantes, disse que aproveitou muito do encontro, “acabei de perceber que as nações unidas estão a ajudar, porque muita das vezes acedemos ao sistema judicial sem saber como ela funciona, e agora nesse pequeno “Djumbai” descobrimos que um suspeito não pode ultrapassar 48 horas de prisão sem ser ouvido pelo Ministério Público, e isso é muito importante para nós, porque aqui há prisões arbitrárias”.
Em Bolama, os participantes decidiram deixar recomendações, entre as quais: Que os partidos políticos evitem usar linguagens incendiárias e ofensivas durante a campanha eleitoral; Que tomem em conta a questão de género; Que instalem um tribunal de Justiça em Bolama; Que os partidos políticos criem um pacto eleitoral, para assim poder viabilizar a governação futura; Que o gabinete das Nações Unidas, agende mais sessões de sensibilização deste género de modo a ajudar a consciencializar a população em geral;
Fonte: ONU na Guiné-Bissau
Sem comentários:
Enviar um comentário