Compreenda o real impacto do açúcar.
Muito se ouve dos perigos externos de que a pele é alvo, como o sol, a poluição ou as baixas temperaturas. Mas há algo que destrói (e muito) a pele por dentro: o açúcar. Quando a alimentação é rica em açúcar e hidratos de carbono, não é apenas o colesterol que sofre, o risco de Alzheimer é também uma realidade, assim como o envelhecimento precoce da pele.
“O consumo em demasia de hidratos de carbono e açúcares pode desencadear o processo de glicação, em que as moléculas de glicose se unem às proteínas de elastina e colágenio — substâncias responsáveis pela firmeza da pele. O açúcar faz com que as proteínas quebrem, o que aumenta o processo de envelhecimento da pele e a flacidez”, afirma a dermatologista Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
Para ficar tudo bem claro, a especialista explica de maneira clara essa relação entre açúcar e envelhecimento cutâneo:
Como e porque é que a pele envelhece? A elastina e o colágenio são substâncias responsáveis pela firmeza da pele. “Deixam a pele mais esticada, mais firme. É o que uma pessoa jovem tem em excesso e, a partir dos 25 anos, vamos perdendo. Aliado a isso, esse desregulamento provocado pela glicação destas células, que é a quebra de elastina e colágeno, faz com que a pele perca a firmeza, como um arcabouço que vai se quebrando. A glicação, portanto, faz com que a pele perca colágeno e elastina, resultando em rugas e flacidez”, explica a médica.
Mas é só isso? Não: “O processo de glicação age principalmente nas linhas de expressão e flacidez. Mas produz, sim, rugas e pode piorar as manchas pelo processo de oxidação celular”, alerta a médica.
Quando é que me devo preocupar? “A glicação normalmente existe em todas as pessoas, mas há um processo de excesso de glicação quando a alimentação é hipercalórica e hiperglicémica. Ou seja, pessoas que ingerem alimentos ricos em açúcares e gordura aceleram o processo de envelhecimento e glicação”, conta.
O que é possível fazer para me proteger? “Os estudos mais recentes mostram que cremes antioxidantes, com ingredientes como a molécula Alistin, fazem com que se combata esses radicais livres e o processo de glicação, portanto, ajudam muito a combater o processo de envelhecimento. Além disso, o que pode travar a glicação é uma dieta bem orientada, restrita, de baixo índice glicémico e o uso de antioxidantes e antiglicantes por via oral. Os nutracêuticos conseguem bloquear a produção de radicais livres e desligam o açúcar em excesso do colágeno, ajudando no processo de envelhecimento também”, argumenta.
NAOM
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