sábado, 23 de setembro de 2017
A melhor estratégia que resta (e sempre existiu) para desbloquear a crise institucional na Guiné-Bissau é o desbloqueio do Parlamento
A menos de 1 ano do fim da presente legislatura, o PAIGC deveria evitar outro erro, agora que equaciona o recurso à promoção da desobediência civil, corrigindo o erro que foi e continua a ser o bloqueio da Assembleia Nacional Popular, o Parlamento da Guiné-Bissau.
Que interesses orientam o PAIGC nesta altura, visando a continuidade do bloqueio institucional do país e, numa nova estratégia, pasme-se, a promoção de iniciativas de confrontação da autoridade do Estado, ignorando que sendo um partido político, que aliás detém a maioria que dirige a Mesa da Assembleia Nacional Popular, tem no próprio Parlamento, o espaço institucional e legal para apresentar e discutir as suas reivindicações?
Alguém pensa chegar ao palácio presidencial, ou a qualquer instituição do Estado, entrar e fazer o que bem entender, em nome da desobediência civil, sem interferência das Forças de Defesa e Segurança do país?
Em nenhum país do mundo há tolerância para tamanha ousadia, por isso, aconselha-se prudência tendo em conta incitamentos que podem promover tragédias desnecessárias.
A melhor estratégia que resta (e sempre existiu) para desbloquear a crise institucional na Guiné-Bissau é o desbloqueio do Parlamento. Sem que se desbloqueie o Parlamento, corre - se o risco de sucessivos adiamentos quer das eleições legislativas previstas para 2018 quer das eleições presidenciais previstas para 2019.
Que o exercício político na Guine-Bissau seja sinónimo de promoção da Paz e do Bem-estar colectivo
Positiva e construtivamente.
Didinho 22.09.2017
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