terça-feira, 26 de setembro de 2017

Governo de Cabo Verde aposta na presidência da CEDEAO

Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro

Praia e Washington assinam acordo no domínio militar

O primeiro-ministro de Cabo Verde acredita que o seu país irá assumir a presidência da Comunidade Económica dos Estados da África (CEDEAO)com base nos votos já garantidos de países importantes.

Ulisses Correia e Silva fez esta declaração em Washington onde participa nesta segunda-feira, 25, numa reunião no Departamento do Estado, e na qual Cabo Verde e Estados Unidos assinam uma acordo sobre o estatutos dos militares americanos no arquipélago e que abre caminho a um acordo de defesa entre os dois países.

Ulisses Correia e Silva não revelou a lista dos países que já garantiram o seu apoio a Cabo Verde para assumir a presidência da CEDEAO, mas uma fonte do processo garantiu à Voz da América que cerca de 80 por cento dos membros da comunidade prometeram o seu voto, entre eles Nigéria, Gana, Costa do Marfim e Senegal.

Em declarações à VOA aqui em Washington o primeiro-ministro de Cabo Verde revela a sua confiança “e acredito que temos todas as condições para assumir a presidência da CEDEAO, e vamos conseguir”.

O Governo dos Estados Unidos também veem com bons olhos a presidência de Cabo Verde na organização regional e esta posição terá sido manifestada pelo Governo americano num encontro que decorre no Departamento de Estado.

“Washington quer ver Cabo Verde a mediar a crise política na Guiné-Bissau que preocupar as autoridades americanas”, adiantou a fonte.

Entretanto, hoje, os dois Governos assinam um acordo que define o estatuto dos militares americanos em Cabo Verde, o que, para o primeiro-ministro cabo-verdiano representa um reforço da cooperação e o ponto de partido para um futuro acordo de defesa.

“É um documento importante e é bom lembrar que militares americanos já realizaram exercícios em Cabo Verde, bem como a NATO, portanto é um ponto de partida para um acordo geral em matéria de defesa e segurança, que é muito importante para nós porque um país como o nosso preciso de alianças fortes, com parceiros fortes e de respeito”, explicou o governante.

As duas delegações devem passar também em revista a cooperação em vários capítulos.

VOA

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