Dois navios da marinha de guerra japonesa juntaram-se a esquadra dos EUA. Alarmes soaram com tensão entre Pyongyang e Washington
A Coreia do Norte disse ontem estar pronta para atacar o porta-aviões dos EUA para mostrar o seu poder militar, num momento em que dois navios da marinha de guerra japonesa se juntaram ao grupo ao porta-aviões norte-americano para exercícios.
O presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou ao porta-aviões ‘USS Carl Vinson’ que navegue em direção à península coreana em resposta à crescente tensão sobre os testes nucleares, dos mísseis da Coreia do Norte e das ameaças de atacar os EUA e os seus aliados asiáticos.
Pyongyang garantiu estar preparada para responder ao que diz ser uma provocação. “As nossas forças revolucionárias estão preparadas militarmente para afundar o porta-aviões nuclear dos EUA com apenas um ataque”, escreveu o “Rodong Sinmun”, o jornal oficial do Partido dos Trabalhadores da Coreia, citado pela agência de notícias Reuters.
Um ataque ao ‘USS Carl Vinson’ seria “um bom exemplo para mostrar a nossa força militar”, acrescenta,
25 de abril Entretanto Donald Trump tinha anunciado para esta madrugada uma conversa telefónica com o presidente da China, Xi Jinping, e com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
No sábado, o vice-presidente, dos EUA Mike Pence, revelou que o porta-aviões chegaria “dentro de alguns dias” às proximidades da península coreana.
Ontem a imprensa sul-coreana noticiou que o que o contingente pode chegar ao Mar do Japão amanhã, 25 de abril.
Na Coreia do Norte a data assinala a criação do Exército do Povo e poderá ser usada por Pyongyang para fazer alguma demonstração de poderio militar.
Norte-americanos e norte-coreanos foram protagonistas, nas últimas semanas, de uma acesa troca de acusações, que fez soar os alarmes na região.
Entre Washington e Pyongyang voaram ameaças de “ataques preventivos”, de “guerras termonucleares” e do “fim do jogo de paciência”, que tornaram o já muito rarefeito ar da península da Coreia, numa ar totalmente irrespirável.
Simulação de ataque Uma estação televisiva da Coreia do Norte emitiu no passado domingo um ataque simulado a uma cidade dos EUA.
A projeção do possível ataque aconteceu durante uma cerimónia em Pyongyang no âmbito do 105.º aniversário de Kim Il-Sung, fundador do país.
As imagens mostravam um míssil balístico disparado da Coreia do Norte que cruza o oceano Pacífico e atinge uma cidade não identificada dos EUA. Depois surge uma bandeira americana a arder.
Se é certo que o ataque nuclear não aconteceu – aquele tipo de propaganda mentirosa faz parte do ‘modus operandi’ das autoridades norte-coreanas.
A ameaça de um ataque ao porta-aviões norte-americano ‘USS Carl Vinson’ parece encaixar dentro do mesmo tipo de propaganda de Pyonyang.
Sol.sapo.pt
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