sábado, 29 de junho de 2013

Decidir o partido político que pretende votar a favor é como Verificação das cabines banheiro público para ver qual é o menos nojento

Decreto Presidencial Número 07/13 – Marcação das eleições Presidenciais e Legislativas

Audiência do PRT, Manuel Serifo Nhamajo com memros do PRS, Nbunhe Ncada e Florentino Mendes Pereira, para a auscultação sobre as eleições

By RGBPresidencia | Junho 28, 2013 - 3:22 pm 
Considerando a nova conjuntura fruto da Revisão da Acordo Político e do Pacto de Transição, Resolução n.1/PL/ANP/2013, que permitiram a remodelação do Governo de Transição, tornando-o ainda mais inclusivo.

Atendendo ainda que a dinâmica do processo de Transição impõe como horizonte as eleições gerais no País de modo a permitir o pronunciamento e escolha directa do povo guineense dos seus representantes nos órgãos de soberania.

Da auscultação aos diferentes partidos políticas, forças vivas da Nação e da colaboração activa da comunidade internacional sobre a data das próximas eleições, entende o Presidente da República de Transição estarem reunidas os pressupostos objectivos e legais que possibilitem com segurança a marcação da data das eleições Presidenciais e Legislativas.

Tendo em conta as garantias técnicas dadas pela Comissão Nacional de Eleições em corno estão reunidas todas as condições para a realização das eleições previstas para o segundo semestre do corrente ano.

Assim, ouvido o Governo, os partidos políticos e a Comissão Nacional de Eleições, o Presidente da República de Transição, decreta, nos termos da alínea f) do artigo 68º e do artigo 70º, ambos da Constituição da República conjugado com o no 3 do Artigo 1º da Resolução No 1/PL/ANP12013 (Pacto de Transição).

ARTIGO 1
É fixado o dia 24 do mês de Novembro do ano em curso para a realização das Eleições Presidenciais e Legislativas.


ARTIGO 2
Este Decreto Presidencial entra imediatamente em vigor.
Bissau, 28 de Junho de 2013.


Publique-se.
O Presidente da República de Transição
Manuel Serifo Nhamajo


Decreto Presidencial Número 07/13 – Marcação das eleições Presidenciais e Legislativas

A descoberta de Aladje

Aladje
(FIFA.com) Sábado 29 de junho de 2013.
Portugal tem uma arma secreta nesta Copa do Mundo Sub-20 da FIFA. Tão secreta, aliás, que nem mesmo os torcedores portugueses parecem saber quem ela é ou de onde saiu. E não é por acaso. Ao contrário de seus companheiros de seleção, Aladje, de 19 anos, nunca atuou nas categorias de base de clubes lusos ou sequer fincou raízes no país que acolhera anteriormente seu pai, família e tantos amigos.

Nascido em Guiné-Bissau e com ascendência portuguesa, o atacante trilhou um caminho diferente de outros talentos oriundos da nação africana, como os companheiros de equipe Bruma, Edgar Ié e Agostinho Cá – todos que, por sua vez, emigraram para Portugal bem mais jovens. E depois de passar dois anos na Itália, atuando por equipes menores, somente agora ele parece dar o passo decisivo para enfim se tornar conhecido na nação que escolheu defender.

A julgar pelos três gols que marcou na primeira fase do Mundial da Turquia, Aladje está, sim, no caminho certo. “É algo natural para mim: não sou conhecido porque nunca joguei em Portugal”, explica ao FIFA.com. “Mas agora meus amigos contam que as pessoas falam de mim por lá. Ainda preciso seguir trabalhando, mas um dia as pessoas vão me conhecer melhor.”

Pode parecer um objetivo simples, mas que tem muito valor para o atacante de 1,88 metro, descoberto até tardiamente por um empresário italiano após se destacar nos campos da Academia Vitalaise, em Bissau. Foi por essa razão que, em 2011, com 17 anos, Aladje acabou não fechando com equipes portuguesas que haviam mostrado interesse em seu passe. O destino acabou mesmo sendo a Itália, no Padova.

A primeira tentativa não chegou a ser bem sucedida, e Aladje partiria então para o Chievo Verona, que o emprestaria em seguida para o modesto Aprilia. Em apenas um ano, ele deixava Guiné-Bissau e ia parar na terceira divisão da Itália, em um país com língua diferente e diante de provações as quais muitos jovens da sua idade talvez não tivessem superado.

“Foi muito difícil, porque não falava a língua, não entendia o que o treinador me pedia”, conta o jogador, que agora se diz mais tranquilo no idioma após as aulas dos últimos meses. “E além disso dava muita saudade da família, dos amigos, de Guiné. Sempre ligava para o pessoal, que me dizia para ficar tranquilo, que o primeiro ano era sempre mais duro. No fundo, sabia que este período seria importante para mim.”

Não muito longe de Roma, Aladje lutava quase sozinho para não cair no ostracismo, mas uma temporada mais animadora no Aprilia acabou sendo suficiente para que ele desses dois saltos. O primeiro veio ainda no país da bota: ele assinou com o Sassuolo, recém-promovido para a elite do país. O outro foi exatamente onde ele tanto sonhara: em Portugal, onde conseguiu, no meio da temporada passada, participar de uma espécie de teste para jogadores que ainda estavam se desenvolvendo. Com Edgar Borges já como treinador, as portas da seleção juvenil portuguesa se abriram e ele voltaria à carga já no mês de junho, no Torneio de Toulon, quando marcou três gols na campanha.

Em pouco tempo, o centroavante se tornava peça fundamental da seleção portuguesa e, com tantos companheiros vindo de Guiné-Bissau, ele rapidamente se sentiu em casa. No ataque, o entrosamento com Bruma foi arrebatador e poderia sugerir que os dois conterrâneos fossem verdadeiras almas gêmeas. Longe disso. Enquanto o camisa 11 é brincalhão e está acostumado a dar entrevistas em seu país, Aladje é exatamente o oposto: tímido e de fala baixa, quase incompatível com o futebol vigoroso que apresenta nos jogos.

“Nisso sou mesmo o contrário do Bruma”, diz, quase envergonhado, se soltando apenas para falar da parceria de sucesso que vem fazendo com o atacante do Sporting – os dois já marcaram oito gols no torneio, alguns deles com assistências precisas de um para o outro. “Não tenho a habilidade dele. Ele é pequeno, rápido e faz coisas muito difíceis com a bola. Faz pouco tempo que jogamos juntos pela primeira vez, mas já estamos no entendendo melhor, e isso é bom para a equipe.”

Para a equipe e para o próprio Aladje, que vai, assim, construindo aos poucos seu próprio caminho com a camisa de Portugal e aumentando as chances de realizar alguns daqueles sonhos simples que sustenta. “Ainda quero um dia jogar em Portugal. Seria bom estar de volta para perto da família e dos amigos”, confirma ele, que parece mesmo não se importar com a “fama” repentina. “Quero é ficar conhecido pelo que faço dentro de campo.”

Partido Socialista português felicita marcação das eleições

Lisboa - O Partido Socialista português (PS) felicitou hoje a marcação das eleições na Guiné-Bissau e considera que estão reunidas as condições para restaurar as relações formais com as autoridades guineenses interinas. 
 
Numa nota enviada à imprensa, o PS incita à contribuição de todas as forças políticas no restabelecimento da ordem constitucional, através da realização das eleições, e desejou que o processo eleitoral decorra de acordo com os padrões internacionais de igualdade e liberdade política. 

   
O Presidente da República de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, marcou as eleições gerais para 24 de Novembro, através de um decreto presidencial, depois de ouvidos os partidos políticos. 


A Guiné-Bissau vive um período de transição depois do golpe de Estado que a 12 de Abril de 2012 depôs  os governantes eleitos democraticamente.  
 
Em Maio do ano passado foi constituído um governo de transição para conduzir o país até às eleições, que deviam realizar-se no prazo de um ano.


Atrasos vários no processo levaram a que o período de transição fosse estendido até ao final deste ano. 
 
As representações na Guiné-Bissau da União Europeia e as Nações Unidas já afirmaram várias vezes que estão disponíveis para apoiar técnica e financeiramente a realização do escrutínio.




Presidente Serifo Nhamadjo marcou eleições gerais para 24 de Novembro


Uma proposta que à partida, reúne o consenso maioritário no seio da classe política da Guiné-Bissau

Para as Formações Politicas, ouvidas pelo Presidente de Transição, a data indicativa é praticável, mas implica, nomeadamente, a resolução de questões prévias, entre as quais, o aperfeiçoamento da componente técnica.

Neste particular, algumas formações politicas, ou seja, o Fórum dos Partidos Políticos, que apoiaram o golpe militar de 12 de Abril do corrente ano, e o Partido Republicano para Independência e Desenvolvimento (PRID) condicionam a realização do escrutínio a um processo de recenseamento biométrico.

Facto que exige a intervenção financeira da Comunidade Internacional, que segundo fontes de autoridades de transição, apenas pré dispuseram-se em apoiar o processo e não com certeza o recenseamento biométrico em específico, se bem que, para o efeito, além de factor tempo, obriga-se a uma mobilização algo extraordinária dos potenciais parceiros.

Seja como for, o PAIGC e o PRS, dois partidos maioritários na Guiné-Bissau, não apresentam qualquer objecção a data indicado pelo Chefe de Estado.

Ainda dos partidos políticos recebidos pelo Presidente de Transição conta-se PND, cujo líder, Iaia Djaló, defende ser imperativa que nestas eleições participem os guineenses que estão na diáspora. Diáspora que desde 1999 deixou de exercer o seu direito cívico, concretamente na escolha de líderes para presidir o destino do país.

Entretanto, a formalização da data do escrutínio geral, deverá ser anunciada nas próximas horas por Decreto Presidencial.

Lassana Casamá VOA