domingo, 19 de outubro de 2025

Zelensky disponível para ir a Budapeste reunir-se com Trump e Putin... O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse estar disponível para, aproveitando o encontro que ambos planeiam realizar em Budapeste, reunir-se com os seus homólogos dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin.

Por LUSA 

"Se realmente quisermos ter uma paz justa e duradoura, precisamos das duas partes desta tragédia. Como se vai chegar a algum acordo sobre nós sem nós?", argumentou numa entrevista à cadeia ABC gravada na sexta-feira e transmitida hoje.

Por essa razão, questionado sobre se tentaria estar em Budapeste, Zelensky revelou que disse a Trump, com quem se reuniu na sexta-feira em Washington, que está pronto.

Embora manifestando interesse num encontro cara a cara com o líder russo, Zelensky disse que Putin "é semelhante, embora mais forte, ao (terrorista) Hamas", ao comentar as possibilidades de Trump alcançar um acordo para a guerra na Ucrânia como o que conseguiu para parar a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza.

"A guerra é maior e o exército russo é o segundo maior do mundo e por isso é necessária mais pressão", argumentou o Presidente ucraniano, insistindo em reclamar a entrega de mísseis norte-americanos de longo alcance Tomahawk.

"É bom que o Presidente Trump não tenha dito 'não' (à entrega dos mísseis), mas até hoje também não disse 'sim'", referiu Zelenski.

À pergunta sobre a possibilidade de ceder territórios para pôr fim à guerra, o líder ucraniano defendeu que para parar o conflito e "ir para negociações de paz urgentemente, pelo caminho diplomático" é preciso "não dar mais a Putin".

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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A Comissão Europeia saudou hoje a reunião entre os Presidentes norte-americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, prevista para a próxima semana em Budapeste, esperando que conduza à "paz justa e duradoura".


Drones ucranianos atingem central de gás a 1.200 quilómetros de Moscovo... Um ataque com drones ucranianos atingiu hoje durante a madrugada uma fábrica de gás na região de Oremburgo, a 1.200 quilómetros a sudeste de Moscovo.

Por LUSA 

O governador regional, Yevgueni Solntsev, informou através do seu canal no Telegram que a infraestrutura da fábrica de gás ficou "parcialmente danificada".

"O ataque do drone provocou um incêndio, pelo que todos os serviços de emergência foram mobilizados para lidar com as consequências", referiu o governador regional, citado pela agência EFE.

O responsável, que também comunicou o encerramento do espaço aéreo, indicou ainda que o incêndio estava a ser extinto.

Entretanto, o Ministério da Defesa russo revelou ter derrubado 45 drones ucranianos durante a noite.

De acordo com a informação do Ministério da Defesa russo, a maioria dos drones foi abatida em Samara (12) e Sarátov (11), territórios que se encontram a caminho de Oremburgo.

A nota militar também menciona ter intercetado drones nas regiões de Rostov (cinco), Vorónezh (cinco), Briansk (dois) e Lípetsk (dois).

Na península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, foram abatidos três drones e outros foram abatidos sobrevoando Riazán, Tver e Tula.

No sábado, as autoridades russas afirmaram ter abatido 41 drones durante dia.

Hamas lança ataque contra forças israelitas em Rafah. Israel responde... As Forças de Defesa de Israel estarão a responder com ataques aéreos na área. A confirmar-se, constitui uma clara violação do cessar-fogo atualmente em vigor entre Israel e o Hamas.

Por LUSA 

O Hamas terá lançado um ataque contra as forças israelitas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, este domingo. A informação é avançada pelo Times of Israel, que considera tratar-se de um ataque terrorista, levado a cabo pelo grupo palestiniano.

Segundo referem, terá sido disparado um míssil contra um carro de combate israelita. A confirmar-se constitui uma clara violação do cessar-fogo atualmente em vigor.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla inglesa) estarão a responder com ataques aéreos na zona. 

As IDF ainda não comentaram a situação. No entanto, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, citado pelo Jerusalem Post, já se pronunciou. "Peço ao primeiro-ministro que ordene as IDF a recomeçarem a luta na Faixa de Gaza com toda a força", afirmou, acrescentando: "A organização terrorista nazi tem de ser completamente destruída - e, de preferência, o mais cedo possível".

Segundo o mesmo meio, o Benjamin Netanyahu prepara-se para uma reunião com o ministro da Defesa, Israel Katz, e o chefe das IDF, o general Eyal Zamir, para decidir qual será a resposta de Telavive ao ataque do Hamas.

Os relatos da violação de cessar-fogo por parte do grupo palestiniano vêm poucas horas após o governo norte-americano alertar para esta mesma situação, dizendo que tinha "informações credíveis" que indicavam "uma violação iminente" do acordo.

No entanto, o movimento islamita palestiniano Hamas rejeitava pouco depois, e categoricamente, as acusações dos EUA de que estava a preparar-se para violar o cessar-fogo acordado com Israel e realizar um ataque contra a população de Gaza.


Leia Também:  EUA alertam para "violação iminente" do cessar-fogo por parte do Hamas

Os Estados Unidos alertaram no sábado para "informações credíveis" que indicam que o Hamas prepara "uma violação iminente" do acordo de cessar-fogo, atacando civis palestinianos em Gaza.


EUA: Coroado e de espada na mão, Trump responde a protestos 'No Kings'... No sábado, mais de sete milhões de pessoas saíram às ruas em protesto contra as políticas do presidente dos Estados Unidos, em mais de 2.700 manifestações por todo o país.

© Instagram/ White House    noticiasaominuto.com  19/10/2025 
O presidente dos Estados Unidos respondeu aos protestos contra as suas políticas, que levaram milhões de pessoas a sair às ruas norte-americanas e pelo mundo. As manifestações fazem parte do movimento ‘No Kings’ ('Não há reis’, em tradução livre).

Os vídeos foram publicados na sua rede social, Truth Social, e gerados por Inteligência Artificial (IA), como já é hábito de Donald Trump. 

© Instagram/ White House    

No primeiro, aparece sentado num caça, de coroa na cabeça, enquanto sobrevoava um destes protestos. Poucos segundos depois, a aeronave lança o que parecem ser fezes sobre os manifestantes na rua.

Pode ver este vídeo na galeria.

Não muito depois de partilhar estas imagens, Trump volta a publicar um vídeo gerado por IA. Desta vez, aparece como se fosse uma publicação do vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, onde o chefe de Estado norte-americano aparece a coroar-se a si próprio. De seguida, coloca um manto sobre os ombros, empunhando uma espada.

A última publicação deste género não foi partilhada pelo presidente norte-americano, mas pela própria página de Instagram da Casa Branca. 

Na fotografia, Donald Trump e JD Vance aparecem no topo, ambos com coroas, sentados em tronos. A imagem, também ela gerada por IA, é rodeada por uma moldura trabalhada em tons de dourado.

Por baixo, emoldurados por uma simples linha preta estão os democratas Eric Adams, atual presidente da câmara de Nova Iorque, e Chuck Schumer, líder democrata no Senado. Ambos aparecem com ‘sombreros’, chapéus típicos do México, numa clara crítica à política de imigração defendida pelos democratas.

No sábado, mais de sete milhões de pessoas saíram às ruas em protesto contra as políticas do presidente dos Estados Unidos, em mais de 2.700 manifestações por todo o país.

O partido republicano, e demais apoiantes da direita, criticaram fortemente a mobilização no país, considerando que o movimento ‘No Kings’ representa o “ódio contra a América”.

Esta é a terceira mobilização em massa desde o regresso de Trump à Casa Branca, e acontece num momento em que o atual executivo tem estado a testar o equilíbrio dos poderes, pressionando o Congresso e os Tribunais "em direção ao autoritarismo", segundo os manifestantes.

O primeiro protesto 'No Kings', a 14 de junho, levou às ruas cerca de cinco milhões de manifestantes, com eventos organizados em 2.100 cidades dos Estados Unidos.

Também em Portugal o dia não passou em branco: dezenas de pessoas juntaram-se na Praça do Comércio, em Lisboa, em solidariedade com os americanos nos Estados Unidos. 

O protesto foi organizado pelo AMPT UP - Americanos em Portugal Unidos em Protesto, onde os manifestantes empunhavam cartazes e gritavam em coro: "No kings, no crowns" ('Sem reis, nem coroas').