Por LUSA 13/04/2025
Os Estados Unidos consideraram hoje que o ataque russo à cidade ucraniana de Sumy, que causou pelo menos 32 mortos e 80 feridos, "ultrapassa os limites da decência" e "é inaceitável".
"O ataque das forças russas a alvos civis em Sumy ultrapassa os limites da decência. Como antigo oficial militar, sei o que são ataques direcionados e isto é inaceitável", escreveu o enviado dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, na rede social X, citado pela AFP.
No mesmo sentido, vários líderes e governos europeus manifestaram-se chocados com o ataque com mísseis balísticos que a Rússia lançou esta manhã contra a cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia.
"Toda a gente sabe que só a Rússia queria esta guerra. Hoje, é claro que é a Rússia sozinha que escolhe prossegui-la", escreveu o Presidente Francês, Emmanuel Macron, também numa mensagem na rede social X.
Segundo Macron, "são necessárias medidas fortes para impor um cessar-fogo à Rússia", e "a França está a trabalhar incansavelmente neste sentido, com os seus parceiros".
Também o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, já se manifestou contra o ataque a Sumy, afirmando estar "chocado com os horríveis ataques".
"Estou chocado com os horríveis ataques da Rússia contra civis em Sumy e os meus pensamentos estão com as vítimas e os seus entes queridos", escreveu o líder trabalhista, igualmente na rede social X, citado pela AFP.
Segundo escreveu Starmer, "este último ataque assassino é uma recordação brutal do banho de sangue perpetrado por Putin", que apelou mais uma vez à Rússia para que aceite um cessar-fogo "total e imediato".
O chanceler alemão, Olaf Scholz, considerou, numa declaração divulgada pelo Governo alemão, que "estes ataques russos demonstram a extensão da alegada vontade da Rússia em alcançar a paz", defendendo que "esta guerra tem de acabar e a Rússia tem de aceitar finalmente um cessar-fogo abrangente".
"As imagens do centro de Sumy, onde os mísseis russos mataram civis inocentes no Domingo de Ramos, são terríveis", afirmou Olaf Scholz.
A Itália, pela voz da primeira-ministra Giorgia Meloni condenou o ataque russo a Sumy: "Neste dia santo de Domingo de Ramos, um novo ataque russo horrível e cobarde teve lugar em Sumy, mais uma vez fazendo vítimas civis inocentes, incluindo, infelizmente, crianças".
"Condeno veementemente esta violência inaceitável, que contradiz qualquer verdadeiro empenhamento na paz (...). Continuaremos a trabalhar para pôr termo a esta barbárie", escreveu Meloni no Whatsapp, citada pela AFP.
O primeiro-ministro português, Luis Montenegro, condenou igualmente aquele ataque russo, que considerou ser "intolerável".
"Os ataques russos à cidade de Sumy são intoleráveis. Toda a solidariedade para com as vítimas e com o Presidente Zelensky. A Rússia continua em violação flagrante do direito internacional. Portugal está ao lado da Ucrânia e do lado do cessar-fogo proposto pelos EUA", escreveu Luis Montenegro numa publicação na rede social X.
Horas antes, o Governo português já tinha condenado aquele ataque russo numa publicação na conta oficial do Gabinete do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, na rede social X.
"O Governo português condena o terrível ataque russo a Sumy, que fez dezenas de vítimas. Apresenta pêsames às famílias e ao povo ucraniano. Insta a Federação Russa a abster-se de todas as hostilidades e a aceitar o cessar-fogo já aceite pela Ucrânia", declarou o Governo de Portugal.
Um ataque de mísseis russos realizado hoje de manhã no centro de Sumy, no nordeste da Ucrânia, matou pelo menos, 31 pessoas, incluindo duas crianças, e causou 84 feridos, segundo um balanço publicado pelos serviços de emergência ucranianos.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu, entretanto, uma "resposta forte do mundo" ao ataque a Sumy numa publicação na rede social Telegram.
"Precisamos de uma resposta forte do mundo. América, Europa, todos os que querem que esta guerra e estas mortes terminem. A Rússia quer exatamente este tipo de terror e está a arrastar esta guerra", sublinhou o chefe de Estado ucraniano.
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