quarta-feira, 15 de maio de 2024
O Presidente da Libéria, Joseph Nyumah Boakai, realizou uma visita de amizade e de trabalho à Guiné-Bissau, tendo sido recebido pelo seu homólogo, S.E Umaro Sissoco Embaló, acompanhado pela Primeira Dama, Dinísia Reis Embaló.
Presidência da República da Guiné-Bissau
O Chefe de Estado da Libéria deixa o país depois da visita de algumas horas a Bissau
Chegada de S.E. Sr. Joseph Nyuma Boakai, Presidente da Libéria à Guiné Bissau para uma visita de Amizade e de Trabalho
Israel/Palestina: ONU modifica sistema de contagem de mortos e provoca críticas de Israel
© AFP via Getty Images
Por Lusa 15/05/24
A ONU modificou o sistema de contagem de mortos na guerra em Gaza, incluindo apenas as vítimas que foram efetivamente identificadas, segundo o jornal The New York Times, provocando dúvidas e críticas, sobretudo dos israelitas.
De acordo com o jornal norte-americano, numa reportagem publicada na terça-feira, as Nações Unidas começaram a citar um número muito menor de mortes de mulheres e crianças em Gaza, reconhecendo que possuem informações incompletas sobre muitas das pessoas que morreram durante a ofensiva militar de Israel no território palestiniano.
Em 06 de maio, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU afirmou no seu relatório na internet, regularmente atualizado, que pelo menos 9.500 mulheres e 14.500 crianças estavam entre os mortos, totalizando 34.735 mortos.
Dois dias depois, a ONU disse numa outra atualização na internet que 4.959 mulheres, 7.797 crianças e 10.006 homens foram mortos.
Segundo o jornal norte-americano, embora o número total de mortes tenha permanecido praticamente o mesmo, um responsável da ONU disse que estava a aguardar mais informações de identificação das autoridades em Gaza sobre cerca de 10.000 mortos, que não foram incluídos na nova divisão de mulheres, homens e crianças.
O diário referiu que muitas autoridades e especialistas internacionais familiarizados com a forma como o Ministério da Saúde verifica as mortes em Gaza -- recorrendo a morgues e hospitais em todo o território -- afirmam que os seus números são geralmente fiáveis.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita Hamas, afirmou que a sua contagem de mulheres e crianças mortas baseia-se no número total de pessoas cujas identidades pode-se verificar totalmente -- 24.840 indivíduos no total em 13 de maio.
Mais de 10 mil outras pessoas também morreram, afirmou o Ministério da Saúde, mas as autoridade de saúde não tem ainda os seus nomes completos, números de identificação ou outras informações necessárias para ter a certeza das suas identidades. É por isso que não estão incluídos na lista de mulheres e crianças mortas que está agora a ser citada pela ONU, disseram as mesmas autoridades.
"Há cerca de mais de 10 mil corpos que ainda precisam ser totalmente identificados", disse Farhan Haq, porta-voz da ONU, na segunda-feira, citado pelo The New York Times.
Haq acrescentou que "os detalhes destas pessoas -- incluindo crianças e mulheres -- serão restabelecidos assim que o processo de identificação completo for concluído".
O porta-voz da ONU declarou que as Nações Unidas confiam nos dados provenientes do Ministério da Saúde de Gaza, como fez "em todos os conflitos anteriores".
No entanto, as autoridades israelitas dizem suspeitar da contagem do Ministério da Saúde de Gaza. Um porta-voz das forças armadas israelitas, tenente-coronel Nadav Shoshani, observou que o Ministério da Saúde não distingue no seu número entre combatentes e civis.
Shoshani também disse que Israel vê cada morte de civis como uma tragédia.
Depois de as Nações Unidas terem divulgado um número menor de mortes documentadas de mulheres e crianças, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, classificou os novos números de "a ressurreição milagrosa dos mortos em Gaza", dizendo que as Nações Unidas se basearam em "dados falsos de uma organização terrorista".
Entretanto, os números citados pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de Israel, não são muito diferentes dos utilizados pelas Nações Unidas. Netanyahu disse, na semana passada, que as forças israelitas mataram cerca de 14 mil combatentes do Hamas e 16 mil civis, num total de cerca de 30 mil, sem entrar em detalhes sobre a fonte desses números.
O Governo dos Estados Unidos considera os números de vítimas fornecidos pelas autoridades de saúde de Gaza como fiáveis e o Presidente Joe Biden citou o número total de mortos no seu discurso sobre o Estado da União, em março, referiu o jornal norte-americano.
Ex-ministro da Gâmbia condenado por crimes contra a humanidade
© Getty Images
Por Lusa 15/05/24
O principal tribunal criminal da Suíça condenou hoje um antigo ministro do Interior da Gâmbia por crimes contra a humanidade durante a repressão das forças de segurança contra opositores, informou uma Organização Não-Governamental (ONG).
Ousman Sonko, ministro do Interior da Gâmbia entre 2006 e 2016, durante o Governo do então Presidente, Yahya Jammeh, foi condenado a 20 anos de prisão, informou na rede social Twitter a Trial International, ONG que combate a impunidade associada a crimes internacionais.
O julgamento, que começou em janeiro, foi visto por grupos de defesa como uma oportunidade para se garantir uma condenação ao abrigo da "jurisdição universal", que permite a acusação de crimes graves cometidos no estrangeiro.
O veredicto foi lido hoje no Tribunal Penal Federal Suíço, no sul de Bellinzona.
Sonko pediu asilo na Suíça em novembro de 2016 e foi detido dois meses depois.
O gabinete do procurador-geral suíço disse que a acusação contra Sonko, apresentada há um ano, abrangia crimes praticados durante o regime de Jammeh, cujo Governo foi responsável por detenções arbitrárias, abusos sexuais e execuções extrajudiciais.
Angola aprova apoio a agricultura familiar e reforçar segurança alimentar
© Lusa
Por Lusa 15/05/24
O executivo angolano aprovou um programa para apoiar a agricultura familiar e reforçar a segurança alimentar, no valor de 85 mil milhões de kwanzas (94 milhões de euros), para aumentar a produção agro-pecuária.
O Programa de Aceleração da Agricultura Familiar e Reforço da Segurança Alimentar, que vai vigorar no triénio 2023-2026, visa acelerar a produção familiar de bens florestais orientados para o mercado, reforçar os níveis de capacitação técnica e massificar o financiamento à agricultura familiar de forma descentralizada e elevar o rendimento das famílias, segundo o Jornal de Angola.
Segundo a presidente do Conselho de Administração do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), Felisbela Francisco, citada pelo diário angolano, o programa visa ainda melhorar os níveis de segurança alimentar e nutricional e a autossuficiência em alguns produtos alimentares, pretendendo alcançar cerca de 196 mil hectares de terras cultivadas.
A nível da produção, prevê-se colher cerca de 3.557 mil toneladas de produtos que integram a cesta básica e beneficiar mais de 660 mil famílias.
O programa é direcionado a explorações agrícolas familiares, cooperativas e associações agrícolas, assim como micro e pequenas empresas.
A agricultura familiar contribui com mais de 80% dos produtos alimentares da cesta básica angolana.
O programa prevê um conjunto de medidas entre as quais a criação de um Cadastro Único do Agricultor Familiar, para ter o controlo dos agricultores que beneficiam do apoio do Estado.
Secretário Nacional do MADEM-G15 e Deputado do CE 21, Abel da Silva Gomes Reúne a Comissão política em São Domingos.
Alterações Climáticas: A Agência Europeia do Ambiente (AEA) recomenda "redução" de desenvolvimento em áreas suscetíveis a cheias
© Getty Images
Por Lusa 15/05/24
A Agência Europeia do Ambiente (AEA) recomendou hoje a redução do desenvolvimento das cidades em áreas mais suscetíveis a inundações, que deverão ser cada vez mais habituais por causa das alterações climáticas.
De acordo com um relatório sobre inundações e escassez de água nos países europeus, divulgado hoje, a Agência Europeia do Ambiente recomendou a "redução da exposição humana a perigos" decorrentes das cheias.
"Isto pode ser feito através de várias ações, como a redução do desenvolvimento em áreas de alto risco de cheias, escassez de água, vulnerabilidade a incêndios e erosão costeira, e reconsiderando a relocalização destas áreas", dá conta o relatório de 175 páginas.
Segundo a agência, 12% da população europeia vive em regiões com probabilidade de cheias e 11% dos hospitais estão nestas áreas, enquanto 30% da população no sul da Europa vive em áreas com escassez de água e em constante pressão pela falta de água.
A agência europeia contabilizou também que 15% das infraestruturas industriais estão em zonas de risco de cheias.
Nos últimos anos Portugal tem registado uma situação de seca extrema persistente em várias regiões do país, nomeadamente no Alentejo, enquanto cidades como Lisboa acabam por ficar altamente condicionadas por cheias.
No final de 2022 e em março de 2023 várias partes de Lisboa, incluindo Alcântara e algumas partes de Loures e Algés, ficaram completamente intransitáveis por causa da chuva e das inundações.
Ao longo do relatório divulgado hoje, a Agência Europeia do Ambiente advertiu que as autoridades nacionais têm de ter em conta os efeitos das alterações climáticas e começar a agir de acordo com os fenómenos climáticos adversos que registaram.
Em simultâneo, a nível europeu, a agência considerou que as políticas para mitigar os efeitos das alterações climáticas também ajudarão a reduzir parte do risco para as populações.
Entre 1980 e 2022 morreram 5.582 pessoas na sequência de cheias.
Leia Também: O ex-presidente brasileiro Michel Temer defendeu hoje, em Nova Iorque, a necessidade do Brasil investir na prevenção de eventos climáticos extremos, na sequência das inundações no Rio Grande do Sul que já causaram quase 150 mortos.
Austrália: Médico com cancro incurável em remissão graças ao seu tratamento inovador... O docente foi o primeiro paciente com cancro cerebral do mundo a receber imunoterapia combinada pré-operatória.
© Richard Scolyer
Por Notícias ao Minuto 14/05/24
Um médico australiano que foi diagnosticado com cancro cerebral incurável há cerca de um ano entrou em remissão, depois de ter feito uso da sua própria investigação inovadora para o melanoma para tratar a sua neoplasia.
Richard Scolyer, que é docente na Universidade de Sydney, confessou que “não poderia estar mais feliz”, após os resultados de uma ressonância magnética que fez na quinta-feira passada terem indicado não haver sinais do seu glioblastoma.
“Não poderia estar mais feliz!!!! Obrigado à equipa fabulosa que cuidou tão bem de mim, especialmente à minha esposa Katie e à minha família maravilhosa!”, escreveu, na rede social X (Twitter), na segunda-feira.
O médico, que arrecadou o prémio de australiano do ano com a colega Georgina Long, foi diagnosticado em junho do ano passado, depois de ter sofrido uma convulsão na Polónia. Scolyer foi o primeiro paciente com cancro cerebral do mundo a receber imunoterapia combinada pré-operatória, ao aplicar a si mesmo a base da sua investigação inovadora de tratamento do melanoma.
“Mostrámos que é possível ativar o sistema imunitário e este é agora um primeiro passo fundamental para mudar o campo e a forma como os medicamentos são explorados no cancro cerebral”, disse o médico à Sky News.
Cortes de energia "de emergência" impostos na Ucrânia após ataques russos
© Lusa
Por Lusa 14/05/24
A Ucrânia regista hoje cortes de energia, após bombardeamentos russos a centrais que as deixaram incapazes de responder a uma queda das temperaturas, anunciou a companhia pública de eletricidade Ukrenergo.
"Entre as 21:00 e as 24:00 (menos duas horas em Lisboa), a Ukrenergo foi obrigada a proceder a cortes de emergência controlados em todas as regiões da Ucrânia. A razão é a significativa falta de eletricidade no sistema após os ataques russos e o aumento do consumo devido a uma vaga de frio", explicou a empresa na rede Telegram.
Na capital, Kyiv, 10% das casas tiverem de ser desligadas da rede.
As forças russas levaram a cabo alguns dos seus ataques mais devastadores contra infraestruturas energéticas na Ucrânia nos últimos meses, destruindo instalações importantes no país.
Nos últimos dias, as tropas de Moscovo capturaram cerca de 100 a 125 quilómetros quadrados na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, ao mesmo tempo que fazem esforços concertados para penetrar na província parcialmente ocupada de Donetsk, no leste do país.
Analistas consideram que este é um dos períodos mais perigosos para a Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
Leia Também: ONU denuncia "padrão" de ataques a infraestruturas civis na Ucrânia
Quase metade da população do Zimbabué passa fome, alerta Governo
© Reuters
Por Lusa 14/05/24
Quase metade da população do Zimbabué passa fome, alertou hoje o Governo, que disse serem necessários cerca de 2,7 mil milhões de euros para inverter a situação.
"O Governo tem de fornecer ajuda alimentar a seis milhões de pessoas que vivem nas zonas rurais (...). Nas zonas urbanas, 1,7 milhões de pessoas também precisam de ajuda alimentar", declarou o ministro da Agricultura do Zimbabué, Anxious Masuka, numa conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, em Harare.
O Zimbabué enfrenta um grave défice alimentar, agravado por uma seca causada pelo fenómeno meteorológico El Niño, que provocou uma redução de 70 a 75% das colheitas do país, disse Masuka.
A situação exige uma atenção urgente, alertou, estimando em 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros) o custo da ajuda alimentar necessária, que o Governo procurará obter em parceria com o setor privado.
O Zimbabué dispõe de reservas de mais de 400.000 toneladas de cereais, que podem durar até outubro, disse Masuka, que sublinhou a necessidade de importar mais alimentos para o país da África Austral.
No final desta semana, espera-se que cheguem 10.000 toneladas de trigo da Zâmbia, para além das 270.000 toneladas recebidas da Rússia.
O Zimbabué vai também importar 1,4 milhões de toneladas de milho da Argentina, Brasil, México, Estados Unidos e Rússia até ao final de julho para aliviar a fome, segundo a Associação de Moageiros do Zimbabué (GMAZ).
O país africano vai assim aumentar as suas importações de milho, que desde 15 de outubro de 2023 atingiram as 427 mil toneladas, com entradas mensais de 100 mil toneladas, em média.
Em 03 de abril, o Presidente do Zimbabué, Emerson Mnangagwa, declarou o estado de catástrofe nacional devido à escassez de chuvas provocada pelo fenómeno El Niño, que provocou um défice alimentar que está a causar danos na maioria das famílias.
Mnangagwa disse que 1,7 milhões de hectares que tinham sido plantados com milho e outros cereais foram dizimados pelo calor sem precedentes e pela escassez de chuvas.
O El Niño é uma alteração da dinâmica atmosférica causada por um aumento da temperatura do Oceano Pacífico. Este fenómeno meteorológico está também a provocar chuvas torrenciais na África Oriental, que já causaram centenas de mortos no Quénia, Burundi, Tanzânia, Somália e Etiópia.