quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
Mali. Plataforma da oposição diz ser "nula e sem efeito" saída da CEDEAO
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POR LUSA 31/01/24
Uma plataforma da oposição no Mali qualificou de "nula e sem efeito" a decisão da junta militar, liderada pelo coronel Assimi Goita, de retirar o país da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Em comunicado, divulgado pelo portal de notícias local aBamako, a Coordenação das Organizações do Apelo 20 de fevereiro de 2023, justifica a nulidade da decisão da junta militar no poder em Bamaco por não ter havido qualquer "consulta prévia" ou debate democrático.
"É evidente que os dirigentes da junta militar no poder no Mali traíram a confiança do povo e da comunidade internacional, espezinhando os seus compromissos e juramentos", lê-se no comunicado, que alega que os militares malianos pretendem "permanecer no poder".
O Mali e o Burkina Faso enviaram na segunda-feira à CEDEAO uma "notificação formal" da saída da organização regional, segundo fontes oficiais daqueles países.
Os dois países e o Níger anunciaram no domingo a decisão de abandonarem a CEDEAO.
Para a plataforma oposicionista, trata-se de uma "grave violação dos direitos do povo" e, afirma, Goita "lançou de paraquedas a liderança da nação".
"É mais uma chantagem, mais uma burla, contra o desiludido povo maliano", acrescenta.
A plataforma da oposição adiantou ainda que tenciona "utilizar de forma responsável" os recursos legais necessários "para pôr termo" ao que classifica como "erros" da junta militar.
"Não é legítimo que o coronel Assimi Goita, militar que jurou fidelidade ao Estado, se agarre obstinadamente ao poder político e imponha o silêncio ao povo através do medo, da ameaça de detenções arbitrárias ou de raptos de pessoas organizadas face à transição", frisa a plataforma.
Os três países do Sahel que decidiram abandonar a CEDEAO são governados por juntas militares, que ascenderam ao poder através de golpes de Estado que afastaram governos legitimamente eleitos.
Com esta decisão, procuram separar-se do organismo pan-africano que foi o principal mediador na gestão do seu regresso à ordem constitucional e que criticaram em numerosas ocasiões pelas sanções impostas face à sua deriva autoritária.
Leia Também: Opinião pública do Burkina Faso, Mali e Níger favorável à CEDEAO
Forças de Kyiv confirmam ataque aéreo na Crimeia
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POR LUSA 31/01/24
As Forças Armadas ucranianas confirmaram hoje um ataque aéreo contra uma base militar russa a nordeste da cidade de Sebastopol, na península da Crimeia, anexada pela Rússia há quase dez anos.
A informação foi confirmada pelo comandante da Força Aérea Ucraniana, tenente-general Mikola Oleschuk, no Telegram, onde partilhou um vídeo em que se observa uma coluna de fumo proveniente da base aérea de Belbek.
Nesta publicação, Oleschuk destacou que o aeródromo de Belbek é a base habitual da 204.ª Brigada de Aviação Tática de Sebastopol, que, no entanto, não pode utilizar as instalações porque está sob domínio russo.
"Os aviadores ucranianos regressarão definitivamente ao seu campo de aviação de origem", sublinhou o tenente-general Oleschuk, que enviou uma mensagem de gratidão a todos os soldados que colaboram na "limpeza da Crimeia da presença russa".
Por sua vez, o Ministério da Defesa russo informou que restos de mísseis ucranianos foram detetados perto da cidade de Liubimovka, a apenas três quilómetros de onde está localizada a base aérea de Belbek.
O Ministério da Defesa russo reivindicou hoje ter abatido 20 mísseis ucranianos lançados do ar sobre o Mar Negro e a península anexada da Crimeia.
"Por volta das 17h00, horário de Moscovo [14h00 em Lisboa], uma tentativa do regime de Kyiv de realizar um ataque terrorista com o uso de 20 mísseis guiados lançados do ar contra alvos em território russo foi abortada", disse o Ministério no Telegram.
Segundo Moscovo, "os sistemas de defesa aérea abateram 17 mísseis ucranianos sobre o Mar Negro e outros três sobre a península da Crimeia", ilegalmente anexada desde 2014, e base da frota da Marinha russa na região.
"Restos de mísseis ucranianos caíram sobre uma unidade militar perto da cidade de Lyubimovka, na República da Crimeia. As aeronaves [localizadas na base] não foram danificadas", acrescentou o Ministério da Defesa.
Pouco antes, o governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhayev, informou no Telegram que os militares russos "repeliram um ataque maciço" contra a cidade.
Fragmentos dos mísseis abatidos caíram em áreas residenciais, causando danos numa dezena de edifícios, mas sem causar qualquer perda humana.
Razvozhayev apelou à população para não se aproximar dos restos dos mísseis e comunicar a sua descoberta aos serviços de emergência.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia.
Leia Também: Rússia alega abate de 20 mísseis ucranianos na Crimeia e Mar Negro
Guiné-Bissau. Parlamento denuncia quadro que "fragiliza instituições"
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POR LUSA 31/01/24
O presidente do parlamento guineense considerou hoje que haver muitos estupefacientes a entrar na Guiné-Bissau é "uma constatação que todo o mundo faz" e denunciou "todo o quadro que fragiliza as instituições democráticas" em prol de um único ator.
Questionado pela Lusa sobre a rejeição por parte do ministro do Interior da Guiné-Bissau de que haja mais droga a entrar no país, Domingos Simões Pereira disse que "isso [a entrada de droga] é uma constatação que todo mundo faz".
Na segunda-feira, Botche Candé, exigiu ao antigo primeiro-ministro guineense Nuno Nabiam provas de que havia mais droga a entrar no país, depois de o antigo líder do executivo ter dito, no sábado, que aumentou a presença de estupefacientes nas ruas.
"Eu acho até é quase como que uma provocação, uma brincadeira, quando um presumível membro do Governo vem dizer que exige, de quem o afirma [Nuno Nabiam], a apresentação de provas. Quem fez essa afirmação? Foi o [ex-]primeiro-ministro, ilegítimo é verdade, mas foi primeiro-ministro, nomeado por este Presidente, que continua a ser seu conselheiro. É preciso lembrar que naquela altura [2021], sendo primeiro-ministro, ele denunciou a presença de um avião no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira que teria transportado estupefacientes. Portanto, quem quer estar limpo dessa acusação não proíbe a entrada de peritos no avião, faria ao contrário", sustentou Domingos Simões Pereira à Lusa, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
O presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau denunciou um aumento no número de aeronaves que aterram e descolam do país "sem que haja o controlo das autoridades competentes".
"Esse tipo de atuação [do Governo] convoca a especulação. O cidadão guineense que vê a opulência com que determinadas pessoas exibem riquezas cuja proveniência não podem provar, quando vemos aeronaves que não são comerciais e que nunca chegam a declarar o que é que trazem e o que é que levam... É difícil imaginar que há voos que se façam só por prazer", lamentou.
Para o presidente do parlamento guineense, há "todo um quadro que vai no sentido de fragilizar fortemente as instituições democráticas do país a favor de um homem forte que acha que pode dominar as instituições e que as orienta em função das suas preferências".
Domingos Simões Pereira disse que conhece, assim como todos os guineenses, o "historial de instabilidade do país" e disse que não se pode permitir voltar "aos extremos do passado".
"Não se chega ao extremo por uma única via: respeitando as leis e permitindo que haja uma interação entre os órgãos de soberania, porque é essa interação que garante o equilíbrio. Não havendo esse equilíbrio, corremos sérios riscos", concluiu.
No início de dezembro, o Presidente da República decidiu dissolver o parlamento, depois de consultar o Conselho de Estado, quando a Constituição define que só o poderia fazer 12 meses após as eleições.
Umaro Sissoco Embaló considerou na altura que houve uma tentativa de subversão da ordem constitucional com o patrocínio da Assembleia Nacional Popular por, na sua interpretação, falhar nas funções de escrutínio ao Governo.
Em seguida, o Presidente demitiu o primeiro-ministro, Geraldo Martins, depois de este recusar formar um Governo de iniciativa presidencial, e nomeou, em substituição, Rui Duarte de Barros, episódios de uma crise que começou a ser desenhada na sequência de confrontos entre militares, nos passados dias 30 de novembro e 01 de dezembro.
O diferendo entre o Presidente guineense e Domingos Simões Pereira, que é também líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), arrasta-se desde as eleições presidenciais de 2019, cuja segunda volta foi disputada por ambos.
A coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) -- Terra Ranka, liderada pelo PAIGC, venceu as eleições legislativas de junho com maioria absoluta.
O Secreetário de Associação de Cosumidores de Bens e Serviços (ACOBES), visitou esta Terça-Feira (30/01) mercados da Região de Cacheu e Oio, para constatar a situação de stock e preços dos produtos da primeira necessidade nestes mercados.
Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 · Nota de condolências!
Inauguração da exposição “Liberdade - Portugal, lugar de encontros”
Fonte: Anabela Carvalho
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COP_28: representantes da Guine-Bissau, divulgaram esta quarta-feira (31-01), os resultados da participação da Juventude Guineense no Workshop em Dubai, sob o lema "Juventude como Motriz para Ação Climática"
SENEGAL: Sete mortos e vários feridos em desabamento de edifício em Dacar
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POR LUSA 31/01/24
Sete pessoas morreram e várias ficaram feridas na sequência do desabamento de um edifício em Dacar, declarou hoje o Presidente senegalês, Macky Sall, numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).
"Estou profundamente triste com o trágico desabamento de um edifício em Xaar Yalla, que causou sete mortos e feridos graves. Envio as minhas sinceras condolências às famílias das vítimas e desejo uma rápida recuperação aos feridos", escreveu o Presidente daquele país que faz fronteira com a Guiné-Bissau.
O edifício ruiu na noite de segunda-feira às 01:00, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) o comandante da unidade de incêndio e salvamento dos bombeiros de Dacar, Martial Ndione.
O edifício, que era utilizado como habitação, "estava a ser renovado. Parte do edifício desmoronou-se", explicou.
Dacar, em pleno crescimento demográfico e económico, assistiu nos últimos anos a um aumento da construção, por vezes de forma descontrolada e sem autorização oficial.
O desmoronamento de edifícios é um fenómeno frequente em África. Em julho de 2023, seis pessoas morreram quando um edifício ruiu na Costa do Marfim.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE EM AUDIÊNCIA A CNE
🔴𝐃𝐈𝐑𝐄𝐓𝐎 𝐀𝐏𝐆𝐁 | "As declarações do ex-PM, Nuno Gomes Nabiam e Conselheiro do PR, sobre tráfico de droga nos portos da Guiné-Bissau não correspondem a verdade, afirmou hoje, o Diretor Geral da Administração dos Portos da Guiné em conferência de imprensa.
Guiné-Bissau: No relatório IPC da Transparência Internacional o pais melhorou a sua pontuação, passando de 17 pontos em 2022 para 21 pontos em 2023.
Consequentemente saímos da posição 164 em 2022 para a posição 158 em 2023 (subimos 6 lugares). Esta melhoria na pontuação derivada do firme compromisso do PR Umaro Sissoco Embaló no combate a corrupção e a tráfico de droga.
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Acabe com a tosse em 10 minutos com este remédio caseiro... É algo que pode fazer em casa e nem precisa de muitos ingredientes. Saiba tudo.
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Notícias ao Minuto 31/01/24
Numa altura de gripes e constipações, a tosse acaba por ser um sintoma comum. Em alguns casos, acaba por ser algo incomodativo, mas nada que um remédio caseiro não consiga resolver.
Segundo o 'website' Vidae, só precisa de 10 minutos para conseguir pôr fim à tosse. Se já tentou de tudo e até outras soluções caseiras, como infusões, vapores de água ou sumo de limão, aqui fica mais um truque para testar.
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Leia Também: Mel alivia (mesmo) as dores de garganta e a tosse? Eis a resposta
Comissão dos EUA aprova pedido de destituição de secretário de imigração
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POR LUSA 31/01/24
Uma comissão parlamentar aprovou esta madrugada o pedido de destituição do responsável pela política de imigração dos EUA, o secretário da Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, que irá agora a debate na câmara baixa do Congresso.
Depois de um longo debate, que se prolongou durante todo o dia e para além da meia-noite em Washington (05:00 de hoje em Lisboa), os republicanos, que têm a maioria na Câmara dos Representantes, garantiram a aprovação do início do processo de destituição do democrata.
Os dois artigos de destituição enviados pela Comissão de Segurança Interna para o plenário da câmara acusam Mayorkas de recusa "intencional e sistemática" de fazer cumprir as leis de imigração, numa altura em que a segurança fronteiriça ganha importância para as presidenciais de novembro.
"Não podemos permitir que este homem permaneça no cargo por mais tempo", disse o presidente da comissão, o republicano Mark Green.
As autoridades dos EUA não estão a conseguir travar os fluxos migratórios e, só em dezembro, foram detidas na fronteira com o México 250 mil pessoas que atravessaram irregularmente, um número recorde.
O processo de destituição contra Mayorkas na Câmara de Representantes coincide com as negociações entre democratas e republicanos no Senado para aprovar novos fundos para a fronteira, para a Ucrânia e para Israel.
A ala dura dos republicanos está empenhada em retomar a construção do muro fronteiriço e restaurar a política de expulsões rápidas desenhada pelo ex-Presidente Donald Trump, que é o candidato favorito à nomeação republicana para as presidenciais de novembro.
Mayorkas, que está envolvido nas negociações do Senado, escreveu numa carta à comissão que esta deveria estar a trabalhar com o Governo para atualizar as leis de imigração do país, que descreveu como "fraturadas e desatualizadas".
O processo contra Mayorkas é um caso raro nos Estados Unidos, visto que o último julgamento de destituição contra um membro do Governo aconteceu em 1876, contra o então secretário de Defesa, William Belknap, por um caso de corrupção.
Desde que os republicanos alcançaram a maioria na Câmara de Representantes, nas eleições intercalares de 2022, têm utilizado o mecanismo de destituição como ferramenta de pressão sobre o Governo e até promoveram um processo contra o próprio Biden, por alegados negócios irregulares.
"Este é um dia terrível para a comissão, para os Estados Unidos, para a Constituição e para o nosso grande país", disse Bennie Thompson, o membro democrata de maior ranking da comissão.
Thompson disse que o processo de destituição de Mayorkas "é uma farsa infundada".