sexta-feira, 3 de maio de 2024

Turquia suspende todas as relações comerciais com Israel

© REUTERS/Bernadett Szabo
Por Lusa  02/05/24
A Turquia suspendeu hoje as suas relações comerciais com Israel, depois de já ter restringido as exportações para e
ste país em abril, anunciou o Ministério do Comércio turco.


"As exportações e importações em relação a Israel foram suspensas", frisou o ministério num comunicado, numa decisão que marca uma nova etapa na deterioração das relações entre os dois países.

A Turquia aplicará estas novas medidas "estritamente até que o governo israelita autorize um fluxo ininterrupto de ajuda humanitária para Gaza", acrescentou o ministério.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, acusou hoje o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan de "quebrar acordos [entre Israel e Turquia] ao bloquear as importações e exportações israelitas nos portos".

O chefe da diplomacia israelita frisou ainda que pretende "criar alternativas ao comércio com a Turquia, concentrando-se na produção local e nas importações de outros países".

O ministro do Comércio turco não especificou se as exportações de petróleo do Azerbaijão para Israel através do porto turco de Ceyhan (sul) são afetadas pela decisão de Ancara.

Segundo analistas, mais de um terço das necessidades petrolíferas de Israel, até recentemente, passavam por este porto turco no Mediterrâneo.

Em resposta à guerra em Gaza e à crescente insatisfação entre a população turca contra a manutenção de relações comerciais com Israel, a Turquia já tinha restringido no início de abril as exportações para Israel de muitos bens, incluindo produtos feitos de aço, ferro e alumínio.

Em 07 de outubro, um ataque sem precedentes do Hamas em Israel causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas, que responderam com uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza.

A operação israelita provocou cerca de 34.600 mortos e a destruição de muitas infraestruturas em Gaza, de acordo com dados atualizados hoje pelo governo do Hamas.



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