terça-feira, 30 de abril de 2024

SISSOCO AFIRMA QUE A GUINÉ-BISSAU DESCONHECE DO MANDADO DE PRISÃO INTERNACIONAL CONTRA FRANÇOIS BOZIZÉ

 O DEMOCRATA  30/04/2024 
O Presidente da República da Guiné-Bissau, UmaroSissoco Embaló, afirmou esta terça-feira, 30 de abril de 2024, que as autoridades guineenses não receberam nenhuma notificação do governo da República Centro Africana, no concernente ao mandado de prisão internacional emitido contra o antigo presidente François Bozizé.

 
“A Guiné-Bissau foi solicitada, no quadro da União Africana, para receber o presidente Bozizé no quadro de asilo político”, disse na sua pequena declaração aos jornalistas, sobre o mandado de prisão internacional emitido pelas autoridades da República Centro Africana contra o seu antigo presidente, François Bozizé, exilado na Guiné-Bissau. Acrescentou que o Tribunal Centro Africano pode emitir o mandado internacional de prisão contra o seu cidadão, François Bozizé, mas esclareceu que a lei da Guiné-Bissau não permite a extradição.

Um gabinete de investigação do Tribunal Penal Especial (CPS) da República Centro Africana tornou público o mandado de prisão internacional emitido a 27 de fevereiro de 2024 contra François BOZIZÉ YANGOUVONDA, antigo presidente daquele país francófono da África Central.

Bozizé, que dirigiu a República Centro Africana de março de 2003 a 24 de março de 2013 é alvo de um mandado internacional emitido pelas autoridades do seu país sobre os crimes que terá cometidos entre fevereiro de 2009 e 23 de março de 2013, pela Guarda Presidencial, outras forças e serviços de segurança interna na prisão civil e no centro de treino militar da cidade de Bossembélé.  

O antigo Presidente da República Centro Africana chegou a Guiné-Bissau a 02 de março de 2023, proveniente do Chade, para asilo político.

O chefe de Estado guineense disse que foi apanhado de surpresa com a decisão das autoridades Centro Africanas, tendo assegurado que se chegar a Cabo Verde, vai telefonar ao seu homólogo Centro Africano, Faustin-Archange Touadéra, para conversarem, porque “não foi assim” que conversaram quando pediram para receber o presidente Bozizé em Bissau,

“Tenho que falar com o Presidente Faustin-ArchangeTouadéra a fim de compreender melhor o que realmente terá acontecido. Desde que o presidente Bozizé chegou a Bissau não criou nenhum ato que pudesse desestabilizar o seu país. Foi esta uma das condições que colocámos em cima da mesa para recebê-lo”, assegurou, reafirmando que a Guiné-Bissau não foi notificada oficialmente sobre o mandado de detenção desde fevereiro do ano em curso.

Por: Assana Sambú

 

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