Bissau, 11 set 23 (ANG) – Os responsáveis das empresas grossistas de venda de medicamentos, têm opiniões divergentes em relação a escassez de stock de medicamentos no país.Na reunião mantida na semana passada com os grossistas, o ministro de Saúde Pública anunciou que o país depara com a rotura de medicamentos e prometera que o governo vai usar mecanismos para ultrapassar essa situação que inclusive afeta o Hospital Nacional Simão Mendes.
Para o efeito, o repórter da ANG, abordou os administradores das três empresas grossistas de medicamentos, nomeadamente a Sofargui Sarl, a Aliança Pharma Lda e a Sónia Farmácia Lda.
Elder Zeferino Gomes, responsável adjunto da empresa Sofargui Sarl, disse que, a situação da rotura de medicamentos no país, começou a ser sentida desde o fecho por alguns tempos desta empresa no ano 2019, por ordens das autoridades judiciais.
“Contudo já retomamos as nossas atividades e estamos a tentar lutar para colmatar a situação, mas de facto existe enorme escassez de medicamentos no país”, salientou Zeferino Gomes.
Para o Administrador da empresa Aliança Pharma Lda, Mohan Dodani, dispõe de medicamentos suficientes para abastecer o mercado, contudo disse que, nos últimos tempos enfrentam dificuldades administrativas de logísticas para importar via terrestre com o Senegal.
“A Aliança Pharma é o maior fornecedor de medicamentos ao Hospital Nacional Simão Mendes e temos ainda stock suficientes para continuar a abastecer esta maior estabelecimento sanitário do país”, disse.
O porta-voz da Sónia Farmácia Lda, sublinhou que têm reservas de medicamentos suficientes capazes de abastecer o país num período de três meses.
Malick Kamará reconheceu contudo que pode houver falta de alguns medicamentos essenciais dentre os quais como o do tipo fisioterápico.
“A Farmácia Sónia abdicou de importar esse tipo de medicamentos, tendo em conta a sua sensibilidade por estar ligado internacionalmente as questões da droga contudo reconhecemos que tem muita procura”, salientou.
Disse que, a Farmácia Sónia já está estudar mecanismos para a sua importação e comercialização, porque é muito fundamental no tratamento de algumas doenças bem como dos feridos graves em casos de acidentes de viação, cirurgias entre outros.
O secretário-geral da Associação Nacional dos Proprietários das Farmácias(Anaprofarm), acusou na semana passada as empresas grossistas de venda de medicamentos de não estarem a responder as demandas dos seus clientes.
Ahmed Akhdar, em entrevista à ANG, admitiu possibilidades de o país vier a deparar-se com roturas de alguns medicamentos.
Disse que, actualmente, as empresas grossistas com licenças de importação de medicamentos só funcionam entre 10 à 20 por cento das sua capacidades.
Atualmente a Guiné-Bissau conta com quatro empresas grossistas de importação e venda de medicamentos, nomeadamente a Sónia Farmácia Lda, a Guifarma Lda, a Sofargui Sarl e Aliança Pharma Lda.
ANG/ÂC