quinta-feira, 24 de agosto de 2023

SENEGAL: Se UE bloquear vistos "mar continuará a ser uma sepultura para africanos"

© Lusa

POR LUSA   24/08/23 

A ministra dos Negócios Estrangeiros do Senegal, Aïssata Tall Sall, pediu hoje que a Europa "enfrente" o problema da imigração, porque "se continuar a bloquear os vistos, o mar continuará a ser uma sepultura para os africanos".

Numa intervenção para os alunos do curso "Quo Vadis Europa?", na Universidade Internacional Menéndez Pelayo (UIMP), em Santander, a ministra disse ter consciência de que os debates sobre migração "são muito duros na União Europeia", porque é uma questão que pode fazer "perder eleições".

Mas, alertou: "Se não for possível pará-la, temos de a enfrentar", num discurso divulgado pela Universidade.

Tall Sall alertou ainda que as alterações climáticas estão a fazer com que muitas aldeias africanas "fiquem sem recursos", o que facilita que chegue à sua população, "mais facilmente", a mensagem do fundamentalismo islâmico, "que lhes diz que há um mundo melhor, mas que têm de morrer para o alcançar e levar outros com eles".

Por isso, pediu à União Europeia para que "o que acontece na Ucrânia não distraia o mundo disso".

"Também jogamos a liberdade em África com o 'jihadismo', que não é uma questão de um país, mas de todo o mundo, um problema de civilização. E se se instalar em África, vai invadir o mundo", avisou a ministra senegalesa.


Ucrânia afirma que pelo menos 30 russos foram mortos em ataque na Crimeia

© Reuters

Notícias ao Minuto    24/08/23 

A informação foi divulgada por Andriy Yusov, porta-voz dos Serviços Secretos de Defesa da Ucrânia.

O exército ucraniano afirmou que pelo menos 30 russos foram mortos num ataque marítimo das forças especiais ucranianas contra instalações na costa ocidental da Crimeia, na madrugada de quinta-feira.

Andriy Yusov, porta-voz dos Serviços Secretos de Defesa da Ucrânia, avançou, citado pelo meio de comunicação ucraniano Suspilne que, em resultado de uma operação especial dos Serviços Secretos de Defesa e da Marinha ucraniana perto da aldeia de Mayak, na Crimeia, quatro lanchas foram danificadas e pelo menos 30 russos foram mortos.

Recorde-se que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou, esta quinta-feira, que militares ucranianos iniciaram uma operação na Crimeia.

"Sim, são os nossos rapazes que lá estão. Está a correr bem, não há baixas, pelo menos não há baixas do nosso lado, o que é bom", sustentou o presidente ucraniano, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio Presidencial, em Kyiv.


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"Era um homem de negócios talentoso": Putin quebra silêncio sobre Prigozhin e envia condolências às famílias

Vladimir Putin e Yevgeny Prigozhin (AP) 

Por  cnnportugal.iol.pt    24/08/23

Sem nunca confirmar que o líder do grupo Wagner morreu, o Presidente russo referiu-se ao passado de Prigozhin e disse que "informações preliminares sugerem que elementos do grupo Wagner também estavam a bordo" de um avião que caiu e que tinha Prigozhin na lista de passageiros

O presidente russo, Vladimir Putin, quebrou esta quinta-feira o silêncio sobre a suposta morte de Prigozhin. Putin destacou que o líder do grupo Wagner "era um homem de negócios talentoso". 

Em declarações citadas pela Agência Reuters, Putin envia condolências à família de Yevgeny Prigozhin, que, sublinha, “conhecia desde os anos 90”. “Em primeiro lugar, quero expressar as minhas mais sinceras condolências às famílias de todas as vítimas desta tragédia”, disse.

“Informações preliminares sugerem que elementos do grupo Wagner também estavam a bordo”, acrescentou, numa reunião com o líder local da autoproclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, no Kremlin.

O presidente russo destacou ainda a importância do trabalho do grupo Wagner na guerra da Ucrânia: “Gostava de destacar que estas pessoas tiveram um importante contributo na nossa causa, a luta contra o regime neonazi.”

Sobre o acidente do avião que tinha o nome de Yevgeny Prigozhin entre a lista de passageiros, Putin diz que os peritos vão ter tempo para investigar e que “se verá o que a investigação diz”.


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Prigozhin? "Não acontece por acaso e sem autorização pessoal de Putin"

© Getty Images

Notícias ao Minuto   24/08/23 

"Não há nenhum caso em que Putin, a liderança russa ou soviética chame alguém de 'traidor', e não exista nenhuma tentativa de liquidação", assegurou o jornalista Christo Grozev.

A queda do avião onde (alegadamente) seguia Yevgueni Prigozhin, o líder do Grupo Wagner, tem resultado em reações de diversos governantes ocidentais e outras personalidades de alguma forma ligadas à Ucrânia ou à Rússia. Um destes exemplos é Christo Grozev, um jornalista de investigação de nacionalidade búlgara, que é procurado pelo governo de Putin.

Apesar de se encontrar em parte incerta - devido ao receio de ser assassinado pelos serviços secretos russos - Grozev falou à NovaTV, do seu país, e asseverou que "estas coisas não acontecem por acaso e sem autorização do presidente russo [Vladimir Putin]".

"Não há nenhum caso em que Putin, a liderança russa ou soviética chame alguém de 'traidor', e não exista nenhuma tentativa de liquidação", afirmou ainda.

E, devido à popularidade e simpatia que Prigozhin colhia junto da população russa e até de algumas patentes militares, Christo Grozev aponta que estes "não esquecerão o que fez Putin com o ídolo [deles] e esperarão sempre por um momento mais apropriado para organizar outro golpe de Estado". 

Estas informações, acrescentou, foram-lhe dadas por "pessoas da elite russa" com quem se mantém "em contacto".

Recorde-se que, ontem, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário russo Wagner, era um dos passageiros do jato privado que se despenhou a norte de Moscovo, matando todos os ocupantes.

Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.



Leia Também: Grupo Wagner perdeu dois líderes. Quem era Dmitry Utkin?

𝗕𝗜𝗟𝗛𝗘𝗧𝗘 𝗗𝗘 𝗕𝗔𝗥𝗖𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗔𝗦 𝗜𝗟𝗛𝗔𝗦 𝗣𝗔𝗦𝗦𝗔 𝗔 𝗦𝗘𝗥 𝟱 𝗠𝗜𝗟 𝗙𝗥𝗔𝗡𝗖𝗢𝗦 𝗖𝗙𝗔

Por Rádio Jovem Bissau  24/08/23

O Ministro dos Transportes e Comunicações, José Carlos Esteves, anunciou ontem (23 de Agosto de 2023), que o novo preço de bilhete de barco para Bubaque é de 5 mil franco CFA e Bissau para Intchudé vai ser de 1.800 franco CFA. 

José Carlos Esteves, falava à imprensa após o governo rubricar acordo com a empresa CONSULMAR, dono do barco que faz ligação para zonas insulares do país, realizada no Porto de Bissau na qual disse que não é possível voltar ao preço anterior de 3.500 fcfa, devido aumento do preço de combustível no mercado.

Na ocasião, o governante informou que a linha de transporte foi suspensa, desde 31 de julho, devido a contestação dos populares de zona, sendo assim, é preciso intervenção do executivo para desbloquear a situação e garantir a segurança dos mesmos. 

De salientar que, o novo preçário define que as crianças passarão a pagar 2.500 francos CFA de Bissau para Bubaque, que anteriormente era 3.500 franco CFA e 900 francos CFA para Intchudé. 

Importa referir que o "Movimento Djius Aos" tem estado a protestar contra o aumento do preço praticado (de 6.500 franco Cfa), na qual exige a redução do referido para 3.000 franco Cfa de Bissau para Bolama e 3.500 de Bissau para Bubaque vice-versa.

NÍGER: Argélia intensifica ação para prevenir intervenção militar da CEDEAO

© Getty Images

POR LUSA   24/08/23 

O secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros argelino, Lounes Magramane, viajou hoje para o Níger, no contexto de uma intensa atividade diplomática da Argélia para evitar uma intervenção militar contra a junta militar golpista no país vizinho.

O chefe da diplomacia argelina, Ahmed Attaf, manteve consultas esta quarta-feira na Nigéria com o seu homólogo, Yusuf Tuggar, e visitará também o Benim e o Gana - ambos Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que está dividida quanto à opção de guerra para restabelecer a ordem constitucional no Níger.

A deslocação ao Níger do número dois da diplomacia argelina -- enviado pelo Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune - "insere-se nos esforços incansáveis e contínuos da Argélia para contribuir para uma solução pacífica da crise no Níger, evitando um aumento dos riscos para este país vizinho e irmão e para toda a região", esclarece um comunicado oficial citado pela agência espanhola Efe.

A CEDEAO exige a reintegração do Presidente nigerino deposto, Mohamed Bazoum, e mantém em cima da mesa a possibilidade de lançar uma operação militar "cirúrgica" e de "curto prazo", caso falhe uma solução política.

Entre os membros da organização regional, a Nigéria, o Benim, a Costa do Marfim e o Senegal manifestaram a disponibilidade dos respetivos exércitos para participar na operação, enquanto os vizinhos Mali e Burkina Faso, que são governados por juntas militares, se opõem ao uso da força. Cabo Verde também já anunciou que não apoia a via militar.

A Argélia, que não é membro da CEDEAO mas mantém um papel de mediação enquanto potência regional e país limítrofe do Níger, rejeitou desde o início a opção militar para reverter o golpe militar lançado no passado dia 26 de julho, devido a alegadas consequências "incalculáveis" que poderá ter na delicada situação de segurança da região.

A União Africana (UA), por seu lado, suspendeu o Níger como membro da organização até ao restabelecimento efetivo da ordem constitucional.

O autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), que liderou o golpe de Estado no Níger e depôs o Presidente democraticamente eleito, ignorou até agora as ameaças e advertiu para uma resposta "enérgica" a uma eventual ofensiva militar.

O Níger é o quinto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, que também tiveram golpes militares entre 2020 e 2022, além do Chade, onde o atual Presidente sucedeu ao seu pai, morto em combate.

Desde o derrube do regime do Presidente Bazoum, a comunidade internacional teme ainda mais instabilidade na região do Sahel, que enfrenta crescentes insurgências de grupos fundamentalistas islâmicos ligados aos grupos extremistas Estado Islâmico e Al-Qaida.

Muitos países, liderados pelos Estados Unidos, bem como a ONU e a União Europeia, apelaram a uma resolução pacífica da crise.


Noruega vai doar mísseis antiaéreos e equipamento de desminagem a Kyiv

© Getty Images

POR LUSA   24/08/23 

A Noruega anunciou hoje que vai doar mísseis antiaéreos IRIS-T e equipamento de desminagem à Ucrânia, segundo um comunicado do Governo norueguês.

Também hoje três 'media' noruegueses avançaram, sem citar fontes, que a Noruega prepara-se para enviar caças F-16 à Ucrânia.

Caso se concretize esta entrega, que não foi confirmada pelo executivo do país escandinavo, a Noruega será o terceiro país a fazê-lo, depois dos Países Baixos e da Dinamarca.

Os 'media' noruegueses não mencionaram a possível data da entrega ou o número de aeronaves que a Noruega, país membro da NATO, pretende dar a Kyiv.

Contactada pela agência noticiosa AFP, uma porta-voz do Ministério da Defesa norueguês não quis "confirmar nem desmentir" esta informação.

A Ucrânia tem vindo a pressionar os aliados ocidentais há vários meses para que lhe forneçam F-16 de fabrico norte-americano.

As forças ucranianas continuam a utilizar aviões de combate da era soviética e a contraofensiva iniciada em junho está a avançar sem apoio aéreo, o que, segundo analistas, constitui uma grande desvantagem.

Já a doação dos mísseis e do equipamento de desminagem será financiada através do plano de ajuda militar e civil a Kyiv, dotado de 75 mil milhões de coroas norueguesas (sete mil milhões de euros ao câmbio atual) e que foi apresentado em fevereiro passado.

Os mísseis podem ser disparados a partir de lançadores que a Suécia prometeu doar, explicou o comunicado governamental.

A Noruega já tinha enviado anteriormente mísseis antiaéreos NASAMS e Mistral para a Ucrânia.

"A Noruega continuará a apoiar, enquanto for necessário, a luta de defesa da Ucrânia contra a Rússia. A Ucrânia precisa de mais apoio militar e material com urgência. Precisa de mísseis e munições para defesa aérea. Neste sentido, iremos apoiá-los com o que podemos", afirmou o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, citado no comunicado.

O anúncio da doação acontece quando o primeiro-ministro norueguês está em visita oficial a Kyiv para as comemorações do Dia da Independência da Ucrânia, hoje assinalado.

Também hoje, o Ministério da Defesa russo informou que um caça russo MiG-31 da Frota do Norte intercetou um avião norueguês P-8A Poseidon que sobrevoava o Mar de Barents em direção à fronteira russa, o segundo incidente deste género em menos de 24 horas.

O Centro de Controlo de Defesa Nacional Russo, citado pela agência de notícias russa Interfax, referiu que a aeronave acabou por fazer meia volta e afastar-se da fronteira.

Na quarta-feira, o Ministério da Defesa russo informou que um caça russo MiG-29 intercetou um avião norueguês P-8A Poseidon que sobrevoava o Mar de Barents em direção à fronteira russa.

"Após a aproximação do caça russo, a aeronave militar estrangeira deu meia volta e voou para longe da fronteira russa. A violação da fronteira do Estado não foi permitida", referiu, na quarta-feira, o ministério russo.


Responsável de empresa "SUCCESS GATE COMPANY_GB SARL" está em Conferência de Imprensa para reagir apreensão dos camiões carregados de madeira na zona norte do país.


Radio Voz Do Povo 


Ucrânia leva a cabo "operação especial" na Crimeia durante a noite

© Reprodução/Telegram

Notícias ao Minuto   24/08/23 

Todos os objetivos foram concluídos, pelo que os "defensores ucranianos" abandonaram o local "sem vítimas" do seu lado.

As forças armadas da Ucrânia anunciaram ter levado a cabo uma "operação especial" na Crimeia durante a madrugada desta quinta-feira.


Os serviços de inteligência ucranianos adiantaram que "unidades especiais [da marinha] desembarcaram na costa na zona de Olenivka e Mayak", tendo os "defensores ucranianos" travado "combates com as unidades do ocupante".

"O inimigo sofreu perdas humanas e o seu equipamento foi destruído. Além disso, a bandeira da Ucrânia voou novamente na Crimeia", assinalou a entidade, através da rede social Telegram.

A mesma nota apontou que todos os objetivos foram concluídos, pelo que os "defensores ucranianos" abandonaram o local "sem vítimas" do seu lado.

A entidade disse ainda que a “administração da Crimeia não comenta os acontecimentos, apesar dos apelos em massa dos residentes locais”.

“A única mensagem refere-se à suposta ‘destruição de munições de acordo com um cronograma definido’”, complementou.

Na mesma publicação, o organismo partilhou imagens da operação, às quais poderá aceder na galeria acima.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.444 civis desde o início da guerra e 26.384 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou hoje que militares ucranianos iniciaram uma operação na Crimeia, sem baixas até ao momento, mas que ainda é cedo para falar na recuperação daquele território.