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Notícias ao Minuto 24/08/23
"Não há nenhum caso em que Putin, a liderança russa ou soviética chame alguém de 'traidor', e não exista nenhuma tentativa de liquidação", assegurou o jornalista Christo Grozev.
A queda do avião onde (alegadamente) seguia Yevgueni Prigozhin, o líder do Grupo Wagner, tem resultado em reações de diversos governantes ocidentais e outras personalidades de alguma forma ligadas à Ucrânia ou à Rússia. Um destes exemplos é Christo Grozev, um jornalista de investigação de nacionalidade búlgara, que é procurado pelo governo de Putin.
Apesar de se encontrar em parte incerta - devido ao receio de ser assassinado pelos serviços secretos russos - Grozev falou à NovaTV, do seu país, e asseverou que "estas coisas não acontecem por acaso e sem autorização do presidente russo [Vladimir Putin]".
"Não há nenhum caso em que Putin, a liderança russa ou soviética chame alguém de 'traidor', e não exista nenhuma tentativa de liquidação", afirmou ainda.
E, devido à popularidade e simpatia que Prigozhin colhia junto da população russa e até de algumas patentes militares, Christo Grozev aponta que estes "não esquecerão o que fez Putin com o ídolo [deles] e esperarão sempre por um momento mais apropriado para organizar outro golpe de Estado".
Estas informações, acrescentou, foram-lhe dadas por "pessoas da elite russa" com quem se mantém "em contacto".
Recorde-se que, ontem, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) indicou que Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário russo Wagner, era um dos passageiros do jato privado que se despenhou a norte de Moscovo, matando todos os ocupantes.
Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.
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