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Notícias ao Minuto 28/12/23
O realizador acusou o antigo presidente de fazer 'bullying' com a produção e de colocar a sua presença como uma condição para as gravações.
"Ao fundo do corredor, à esquerda". A presença de Donald Trump no filme 'Sozinho em Casa 2: Perdido em Nova Iorque' dura menos de cinco segundos. Resume-se apenas a uma indicação e a menos de dez palavras. Mas a verdade é que, dada a dimensão da aventura do pequeno Kevin como um dos filmes de Natal mais vistos de sempre, é praticamente impossível ignorar a rápida aparição do antigo presidente dos Estados Unidos no clássico do cinema.
Mais de 30 anos depois, o antigo presidente dos Estados Unidos continua a exagerar o impacto da sua participação, garantindo que não pressionou a produção para o incluir no filme e que não impôs a sua entrada como uma condição para que uma cena do segundo 'Sozinho em Casa' fosse produzida no hotel que, na altura, ele detinha.
Numa publicação na sua própria rede social, a Truth Social, Trump alegou que o realizador, Chris Columbus, juntamente com outros produtores, "imploraram" que este aparecesse, garantindo que estava "muito ocupado e não o queria fazer".
"Eu concordei e o resto é história! Aquela pequena aparição explodiu e o filme foi um enorme sucesso, e ainda é, especialmente na altura do Natal. As pessoas ligam-me sempre que é transmitido", disse o empresário e (novamente) candidato às eleições presidenciais norte-americanas de 2024.
Trump apontou ainda que, apesar do sucesso astronómico dos filmes 'Sozinho em Casa' e da sua marca indelével na cultura de filmes de Natal, a sua brevíssima aparição "ajudou a fazer do filme um sucesso".
Os comentários do antigo líder dos EUA surgiram depois de (à semelhança do que acontece com o filme todos os Natais) uma entrevista com Columbus ter-se tornado viral nos últimos dias.
À Business Insider, em 2020, o realizador - que também realizou os primeiros dois filmes da saga 'Harry Potter', bem como inúmeros êxitos de Hollywood - revelou que Trump impôs a sua presença como uma condição para que a equipa filmasse a cena no histórico Plaza Hotel, em Nova Iorque. O cineasta comentou mesmo que Trump "fez 'bullying' para forçar a participação no filme".
"Pagamos a taxa, mas ele disse que 'a única maneira de usarem o Plaza seria se entrasse no filme'. Portanto concordámos em incluí-lo", disse Chris Columbus, acrescentando que, na altura, o magnata e personalidade de Nova Iorque foi aplaudido durante as antestreias.
Antes da sua chegada à política, pela porta do extremismo ultraconservador e pelo populismo nacionalista do Partido Republicano, Trump fez várias aparições em filmes produzidos em Nova Iorque, incluindo em cenas de 'Sexo e a Cidade', além de ter ele próprio sido a personagem principal de 'reality shows' (o mais famoso é, claro, o icónico 'O Aprendiz').
Quanto ao Plaza Hotel, o edifício esteve poucos anos nas mãos de Trump, já que, à semelhança da grande parte do seu espólio na área da restauração, o empresário acumulou uma dívida enorme para o comprar e acabou por vendê-lo após uma série de polémicas envolvendo o hotel.
Já a segunda aventura de Macaulay Culkin teve uma estreia forte em 1992, mas não tão aclamada quanto o primeiro filme da trilogia, acabando por beneficiar do facto de se ter tornado num filme de culto na altura do Natal.
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