domingo, 19 de novembro de 2023

"Profundamente chocado". Guterres reitera pedido de cessar-fogo em Gaza

© Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images

Notícias ao Minuto   19/11/23 

António Guterres frisou que "centenas de milhares de civis palestinianos estão a procurar abrigo nas instalações das Nações Unidas em toda a Faixa de Gaza devido à intensificação dos combates".

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou-se, este domingo, "profundamente chocado" com os ataques israelitas a escolas da agência para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) na Faixa de Gaza e apelou a um "cessar-fogo humanitário imediato". 

"Estou profundamente chocado com o facto de duas escolas da UNRWA terem sido atacadas em menos de 24 horas em Gaza. Dezenas de pessoas - muitas mulheres e crianças - foram mortas e feridas quando procuravam segurança nas instalações das Nações Unidas", começou por referir num comunicado.

Na nota, Guterres lembrou que "centenas de milhares de civis palestinianos estão a procurar abrigo nas instalações das Nações Unidas em toda a Faixa de Gaza devido à intensificação dos combates", sublinhando que as instalações são "invioláveis". 

"Esta guerra está a causar um número impressionante e inaceitável de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças, todos os dias. Esta situação tem de acabar. Reitero o meu apelo a um cessar-fogo humanitário imediato", acrescentou.

Este domingo, o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, adiantou que a conclusão de um acordo sobre a libertação dos reféns raptados pelo Hamas durante o ataque a Israel, em 7 de outubro, assenta agora em questões práticas "menores".

"Penso que agora estou mais confiante de que estamos suficientemente próximos para chegar a um acordo que permita o regresso destas pessoas a casa em segurança", acrescentou, em conferência de imprensa. 

Após o anúncio, Guterres fez questão de manifestar "profundo apreço por todos os esforços de mediação conduzidos pelo governo do Qatar".

Sublinhe-se que ataque do Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, matou 1.200 pessoas, na maioria civis, segundo as autoridades israelitas, que estimam que cerca de 240 pessoas foram feitas reféns pelo movimento palestiniano naquele dia.

Em represália, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, que tomou o poder em Gaza em 2007. Desde então, os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza mataram 12.300 pessoas, sobretudo civis, segundo o governo do movimento palestiniano.


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