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POR LUSA 20/07/23
A Ucrânia advertiu hoje que a partir de sexta-feira vai passar a considerar como "barcos militares" qualquer navio no mar Negro que se dirija para portos russos ou para território anexado, um dia após uma decisão similar de Moscovo.
"Todos os navios que naveguem nas águas do mar Negro em direção aos portos marítimos da Rússia e dos portos marítimos situados em território temporariamente ocupado pela Rússia poderão ser considerados pela Ucrânia como transportando mercadorias militares, com todos os riscos associados", indicou em comunicado o ministério da Defesa ucraniano.
O ministério também "proibiu" a partir de hoje a navegação no setor nordeste do mar Negro e no estreito de Kerch ao largo da Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014.
Esta decisão segue-se à emitida na quarta-feira pela Rússia, que indicou considerar a partir de hoje os navios com destino aos portos ucranianos no mar Negro como "transportando potencialmente carregamentos militares".
A frota ucraniana está praticamente devastada pela invasão russa, mas Kiev já atacou por diversas vezes navios russos no mar Negro com 'drones' navais. Em 2022, o exército ucraniano também reivindicou o afundamento com mísseis do cruzeiro russo Moskva.
As tensões voltaram a intensificar-se no mar Negro após a suspensão pela Rússia do acordo sobre a exportação de cereais ucranianos, negociado sob a égide da Turquia e da ONU em 2022 e que permitia que os navios saíssem dos portos ucranianos através de corredores marítimos protegidos.
A ofensiva militar russa em curso no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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