quarta-feira, 21 de junho de 2023

VOLODYMYR ZELENSKY: Contraofensiva? "Não é um filme de Hollywood com resultados imediatos"

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Notícias ao Minuto   21/06/23 

As palavras são do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que admitiu ainda que os progressos no campo de batalha têm sido "mais lentos do que o desejado".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reconheceu, esta quarta-feira, que os progressos no campo de batalha têm sido "mais lentos do que o desejado", semanas após o início da contraofensiva militar ucraniana para reconquistar as zonas ocupadas pela Rússia.

"Algumas pessoas acreditam que isto é um filme de Hollywood e esperam resultados imediatos. Não é", referiu, em declarações à BBC. "O que está em jogo são as vidas das pessoas", acrescentou ainda.

De acordo com o chefe de Estado ucraniano, a ofensiva militar não está a ser fácil porque 200 mil km2 do território ucraniano foram minados pelas forças russas. 

"Apesar do que alguns queiram, incluindo tentativas de nos pressionar, com todo o respeito, avançaremos no campo de batalha da forma que considerarmos melhor", acrescentou Zelensky.

O presidente ucraniano esclareceu que os "passos rápidos" a serem dados imediatamente incluem encontrar lugares para as pessoas viverem, reconstruir a barragem destruída de Kakhovka e descentralizar a rede de energia.

Quando questionado como seria o fim da guerra nesta fase, Zelensky deixou claro que "as vitórias no campo de batalha são necessárias" e que a Ucrânia nunca pararia, fosse quem fosse o presidente em Moscovo, se a Rússia permanecesse no território da Ucrânia.

"Não importa o quanto avancemos em nossa contraofensiva, não concordaremos com um conflito congelado porque isso é guerra, é um desenvolvimento sem perspetivas para a Ucrânia", esclareceu.

Recorde-se que a ofensiva militar lançada em fevereiro do ano passado pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


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