domingo, 29 de maio de 2022

Quora: O que é a síndrome de Williams?

Por Filipe AssunçãoEstudou Medicina em Universidade Federal do Pará (UFPA)

Em poucas palavras: A síndrome de Williams seria o "oposto" do Autismo.

A Síndrome de Williams-Beuren (SWB) é uma desordem genética que, talvez, por ser rara, com uma incidência estimada em 1 caso a cada 20.000 nascimentos, freqüentemente não é diagnosticada. É um transtorno genético raro que torna as crianças extremamente extrovertidas, por isso sendo muitas vezes considerada o extremo oposto dos transtornos do espectro autista.

Além da extrema sociabilidade, a síndrome de Williams é caracterizada fenotipicamente pela "face de duende” (uma denominação um tanto quanto inadequada e cruel) , nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso freqüente. Crianças afetadas por essa condição normalmente têm problemas de coordenação e equilíbrio, apresentando um atraso psicomotor. Estudos com testes psicométricos para avaliação do quociente intelectual (QI) mostraram que os sujeitos com SWB apresentavam QI entre 50 e 70, o que caracteriza deficiência mental leve a moderada.

Lisboa: Médico acusado de traficar medicamentos para a Guiné-Bissau

Medicamentos apreendidos são usados para tratar doenças do foro psiquiátrico. Foto: Arquivo

Jn.pt

Um médico e a companheira foram detidos pela Polícia Judiciária quando tentavam viajar para Guiné-Bissau com dezenas de embalagens de medicamentos que têm substâncias estupefacientes. Já foram acusados do crime de tráfico e outras atividades ilícitas, anunciou, sexta-feira, a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa.

Segundo a acusação, o médico e a mulher levavam consigo medicamentos com substâncias ativas como Alprazolam, Diazepam e Metilfenidato, para depois os vender a terceiros. São remédios usados, normalmente, para tratar doenças do foro psiquiátrico.

Pena de médico agravada

Os arguidos teriam comprado os medicamentos em farmácias portuguesas e embarcado no aeroporto do Porto, mas fariam escala e mudariam de avião no aeroporto de Lisboa. Só aqui é que os medicamentos terão sido detetados e a Polícia Judiciária abordou os arguidos sobre o que levavam nas malas de porão.

A acusação por tráfico e outras atividades ilícitas foi deduzida no dia 19 de maio, pelo Ministério Público Departamento de Investigação e Ação penal de Lisboa. A moldura penal daquele tipo de crime (quatro a 12 anos) é agravada em um quarto (para cinco a quinze anos) quando o mesmo é cometido por um médico, farmacêutico ou outro profissional de saúde, trabalhador de serviços prisionais, dos correios ou de instituições de ensino.

Guiné-Bissau: Comerciantes estão em pé de guerra com a Câmara Municipal de Bissau e denunciam perseguição e, ameaçam paralisar atividades comerciais em protesto contra aquilo que consideram cobranças ilegais.

A decisão foi anunciada pelo Presidente da Associação dos Retalhistas e Comerciantes dos Mercados, Aliu Seidi após uma reunião de emergência no Mercado-Bandim.👇

 Radio TV Bantaba

ECONOMIA ÁFRICA: Banco Africano de Desenvolvimento rejeita críticas de má governação

© Lusa

Por LUSA  29/05/22 

O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) tentou, nos encontros anuais do banco, na semana passada em Acra, afastar suspeitas de má governação que surgiram na imprensa, apelando a participantes e jornalistas que "contem as histórias do banco".

"Vão para casa e contem as nossas verdadeiras histórias, as histórias do vosso banco, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), um banco que está a quebrar barreiras e a estabelecer novos padrões com humildade", disse Akinwumi Adesina, na cerimónia final dos encontros, na sexta-feira, e que repetiu depois na conferência de imprensa.

O apelo surgiu na sequência de um artigo da revista Economist, de 19 de maio, que refere que incidentes dos últimos dois anos levantam questões sobre a forma como o banco é gerido e se os fiscalizadores internos têm supervisão suficiente sobre os executivos do banco.

O artigo questiona ainda se o banco mantém a confiança dos seus credores, doadores e acionistas.

Ao longo da semana, Adesina insistiu na ideia de que o BAD é "muito bem gerido".

"Os nossos conselhos estão a funcionar e são eficientes e rigorosos em cumprir as suas funções de supervisão. A nossa gestão está a funcionar, os nossos sistemas de governação, controlo e supervisão estão a funcionar, os nossos sistemas de gestão de risco estão a funcionar", disse.

E foi secundado por outros oradores, como o Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, que sublinhou que o BAD é "um banco com reputação banco de reputação global, mantendo, mesmo em tempos difíceis, as suas excelentes classificações AAA, a única instituição financeira africana com classificações de crédito globais AAA".

Mas foi num encontro com jornalistas que Adesina foi mais contundente, recordando que um inquérito independente realizado por uma empresa de recursos humanos registou 85% de satisfação entre os funcionários do banco.

"As nossas conquistas, gestão excecional, sistemas de boa governação do Banco não podem ser negados ou deturpados com base em inverdades fabricadas externamente, distorções, desinformação e uma campanha de calúnia deliberadamente orquestrada para tentar manchar a nossa imagem", disse então.

O artigo da Economist refere casos de funcionários do banco com funções de supervisão que terão sido alvo de assédio, intimidação e até vigiados pelo banco, referindo que um deles tem mesmo um processo em curso num tribunal criado pelo banco mas que funciona de forma independente.

Em 2020, Adesina, político nigeriano que está no cargo desde 2015 e foi reeleito nesse ano, foi acusado por denunciadores de abuso de poder, de favorecer outros nigerianos e de pagar a aliados acima do estipulado, além de usar os recursos do banco para ganhos privados.

Um relatório feito pelo conselho de ética em abril afastou as suspeitas, mas os Estados Unidos, o segundo maior acionista do BAD, pediu uma revisão do caso por um painel independente.

O painel, liderado pela ex-presidente irlandesa Mary Robinson, acabou por concordar com a decisão do conselho de ética, mas com a nota de que "a falta de provas não significa prova de ausência" e que "não decorre necessariamente do indeferimento de uma reclamação que não haja matérias dignas de investigação".


PLANO ALIMENTAR: Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe tencionam recorrer ao mecanismo de 1,5 mil milhões de dólares anunciado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para aumentar a produção agrícola de África e combater a crise alimentar.

© faladepapagaio

Por LUSA  29/05/22 

"Já estamos a trabalhar com a nossa equipa cabo-verdiana, mas também do BAD e vamos rapidamente apresentar um projeto para podermos aumentar a capacidade de produção alimentar em Cabo Verde", disse o ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, em declarações à Lusa em Acra, à margem dos encontros anuais do banco africano.

O homólogo são-tomense, Engrácio Graça, disse que também São Tomé e Príncipe já está a trabalhar no sentido de aproveitar a iniciativa do BAD e o ministro guineense, João Fadiá, manifestou a intenção de fazer o mesmo.

"Temos neste momento projetos na área da agricultura, para produção do arroz, com o BAD que não chegam. Neste momento, as avaliações que temos é que não é suficiente, queremos ampliá-lo. Portanto, vamos tentar obter mais fundos sobre esse projeto para podemos ampliar a produção do arroz", afirmou Fadiá.

Anunciado na semana passada, o Plano Africano de Produção Alimentar de Emergência, promovido pelo BAD e pela Comissão da União Africana, no valor de 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) irá beneficiar 20 milhões de agricultores com sementes e fertilizantes, bem como outros insumos agrícolas para produzir 38 milhões de toneladas de alimentos, no valor de 12 mil milhões de dólares (11,2 mil milhões de euros).

Isto incluirá 11 milhões de toneladas de trigo, 18 milhões de toneladas de milho, seis milhões de toneladas de arroz e 2,5 milhões de toneladas de soja.

Em entrevista à Lusa durante os encontros, a vice-presidente do BAD para a agricultura e o desenvolvimento humano e social, Beth Dunford, disse que todos os países africanos são elegíveis para recorrer ao mecanismo, e o BAD está já a aceitar pedidos de Governos.

"O mecanismo acaba de ser lançado e estamos a trabalhar nele neste momento (...). Estamos a lançá-lo muito, muito rapidamente, usando métodos de desembolso muito rápidos para levar essa assistência aos governos que realmente precisam dele agora", afirmou.

Num encontro com jornalistas durante os encontros anuais, o presidente do BAD, Akinwumi Adesina, mostrou-se confiante de que este mecanismo permitirá evitar uma crise alimentar e defendeu que África deve apostar numa agricultura moderna e tecnológica.

No mesmo sentido, o ministro das Finanças cabo-verdiano defendeu para Cabo Verde "uma agricultura empresarial, que aposte no rendimento e não uma economia de subsistência, que continue nas malhas da pobreza".

"Nós temos de reformar a agricultura introduzir novas tecnologias e uma nova visão empresarial para que a agricultura seja um setor produtivo e rentavel e garanta melhores confições para aqueles que vivem no campo e do campo", afirmou


Leia Também: África. Novas sementes permitem cultivar mesmo em situação de seca

ELEIÇÕES - Nigéria: A oposição nigeriana indicou o ex-vice-presidente nigeriano Atiku Abubakar como candidato às eleições presidenciais marcadas para fevereiro de 2023, com o partido no poder a adiar as suas primárias por uma semana.

© Lusa

Por LUSA  29/05/22 

"Hoje estamos a fazer história, uma história que acreditamos trará mudanças fundamentais", disse Abubakar aos seus apoiantes reunidos na capital, Abuja, onde a votação foi realizada.

Abubakar, de 75 anos, um muçulmano do norte do país, foi escolhido nas primárias do Partido Democrático do Povo (PDP) e tentará pela sexta vez ser eleito presidente do país mais populoso de África.

O Congresso dos Progressistas (APC), partido no poder, vai realizar as suas primárias entre 6 e 8 de junho, para escolher um candidato a suceder ao presidente Muhammadu Buhari, que anunciou que não concorrerá novamente, após completar dois mandatos.

A Nigéria, com 215 milhões de habitantes e dividido quase em partes iguais entre o norte, predominantemente muçulmano, e o sul, maioritariamente cristão, é um dos países mais religiosos do mundo.

Na tentativa de conciliar um país onde vivem cerca de 250 grupos étnicos, uma regra tácita prevê a rotação da presidência, a cada dois mandatos, entre candidatos do norte e do sul.

No entanto, Abubakar, ex-chefe das alfândegas e vice-presidente entre 1999 e 2007, é do norte, assim como o presidente Buhari, ao contrário da maioria dos principais candidatos do APC, partido no poder, que são do sul.

No APC, o ex-governador de Lagos Bola Tinubu e o atual vice-presidente Yemi Osinbajo são os dois principais candidatos, enfrentando ainda Rotimi Amaechi, que renunciou recentemente ao cargo de ministro dos Transportes no governo de Buhari.

Buhari não apoiou até ao momento nenhum candidato e alguns analistas acreditam que o atual presidente esteja à procura de um candidato de consenso para manter as fações do APC unidas antes das eleições gerais de fevereiro de 2023.

A segurança será uma questão importante, pois há mais de 10 anos que o nordeste da Nigéria tem sido afetado por uma insurreição extremista. Bandos armados têm também levado a cabo frequentes ataques e raptos no noroeste do país.

Desde que regressou ao governo civil em 1999, após uma ditadura militar, a Nigéria realizou seis eleições nacionais, muitas das quais foram marcadas por fraudes, dificuldades técnicas, violência e disputas legais.

A maior economia da África, enfraquecida pelo impacto da pandemia de covid-19, está a sofrer as consequências da guerra na Ucrânia, que elevou os preços dos combustíveis e alimentos em todo o continente.

Pelo menos 31 pessoas morreram no sábado durante um evento de distribuição de ajuda alimentar numa igreja na cidade de Port Harcourt, no sul da Nigéria.


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Pelo menos 35 pessoas morreram devido às fortes chuvas no nordeste do Brasil

Lusa e SIC Notícias  29 Maio, 2022

Pelo menos 35 pessoas já morreram em Pernambuco, devido às fortes chuvas que afetam o estado do nordeste do Brasil desde o início da semana, informaram fontes oficiais.

Pelo menos 20 vítimas morreram durante um deslizamento de terras numa vila no bairro do Ibura, na zona sul de Recife, capital do estado de Pernambuco, segundo o último boletim da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) brasileira.

A autarquia da cidade de Camaragibe confirmou mais seis mortos, na sequência de um deslizamento de terras numa área arborizada da cidade.

Pelo menos 500 pessoas ficaram desalojadas, pelo que a autarquia do Recife abriu escolas e creches para acomodar famílias que tiveram de deixar as suas casas.

As autoridades aconselharam ainda 32 mil famílias a retirarem-se de áreas de risco e ofereceram refúgio em instalações municipais, enquanto outras ficaram em casas de amigos ou parentes.

As chuvas causaram vários deslizamentos e inundações em todo o estado de Pernambuco, principalmente no Recife e região metropolitana.

Em apenas 24 horas, entre as 23:00 de sexta-feira e as 11:00 de sábado (entre as 3:00 e as 15:00 de sábado em Lisboa), a cidade de Recife registou 70% da previsão de chuvas para todo o mês de maio, sublinhou a SEDEC.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, anunciou a nomeação de 92 novos membros do Corpo de Bombeiros, que tomarão posse a partir de 6 de junho, para reforçar o resgate das vítimas das enchentes, avançou o jornal O Globo.

O governador solicitou ainda o apoio de efetivos das Forças Armadas, além de embarcações e aeronaves do exército brasileiro.