segunda-feira, 21 de novembro de 2022

GUINÉ-BISSAU: EUA querem instalar equipamento antifraude no aeroporto da Guiné-Bissau

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Por LUSA  21/11/22

O diretor-geral da empresa que gere o aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, Aliu Soares Cassamá, disse hoje que os Estados Unidos estão disponíveis para instalar equipamentos antifraude documental no aeroporto.

Aliu Soares Cassamá explicou à Lusa que a intenção lhe foi manifestada por uma delegação da embaixada dos EUA no Senegal, com a qual esteve reunida na semana passada na capital guineense.

O responsável acredita que a intenção do Governo norte-americano "vai ao encontro das mudanças" que a empresa privada NAS Bissau "tem imprimido no aeroporto Osvaldo Vieira, desde 21 de junho de 2021", notou.

"Como a NAS mudou a gestão do aeroporto por completo, nomeadamente no que concerne à assistência terrestre das aeronaves, gestão de fretes aeroportuárias, filmagens de bagagens, transporte de passageiros e de mercadorias, gestão da sala VIP e gestão da rampa, os americanos entendem que devem acompanhar-nos na nova dinâmica", observou Aliu Soares Cassamá.

O diretor-geral da NAS adiantou que os Estados Unidos de América pretendem instalar equipamentos antifraude documental nos serviços de check-in, dar formação ao pessoal da sua empresa entre outros apoios no âmbito de um projeto que têm para a Guiné-Bissau e Cabo Verde.

"Agradecemos a disponibilidade de apoio dos Estados Unidos de América, mas sugerimos que apresentassem o projeto às autoridades do país, nomeadamente ao Ministério do Interior, através dos serviços de Migração e Fronteiras", precisou Aliu Soares Cassamá.

A NAS -- National Aviation Services -- é uma empresa do Kuwait que firmou, no início do ano, um acordo de parceria com o Governo da Guiné-Bissau, para gerir o aeroporto Osvaldo Vieira.


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A companhia portuguesa EuroAtlantic poderá realizar dois voos por semana para Bissau assim que receber um novo avião, disse à Lusa o diretor geral da NAS, empresa que gere o aeroporto internacional Osvaldo Vieira na capital guineense.

Segundo Aliu Soares Cassamá, a EuroAtlantic estuda aumentar mais um voo de ligação entre as duas capitais, passando a operar também às quartas-feiras, além dos voos realizados às sextas-feiras.

"A empresa espera pela chegada de uma encomenda de uma aeronave. Assim que chegar vai iniciar o segundo voo", afirmou o diretor-geral da NAS, citando uma "longa conversa" que manteve recentemente com uma delegação da EuroAtlantic, em Bissau.

Aliu Soares Cassamá disse ter informado a delegação da empresa portuguesa que a NAS "está disponível para acompanhar" a sua pretensão "a qualquer momento".

O diretor-geral da NAS defendeu que o aumento do número de voos da EuroAtlantic vai ao encontro do fluxo de passageiros entre Lisboa e Bissau e vice-versa, sobretudo no período do Natal e do Novo Ano.

Naquele período, os cidadãos estrangeiros que trabalham na Guiné-Bissau viajam para Lisboa e os guineenses emigrantes em diferentes países europeus retornam ao país a partir da capital portuguesa.

A procura por voos de ligação entre as duas capitais torna as ofertas inferiores à procura, observou Aliu Soares Cassamá.

Dados da NAS indicam que o aeroporto Osvaldo Vieira de Bissau regista 50 mil passageiros por ano.

Atualmente, voam para Bissau a partir de Lisboa, as companhias portuguesas EuroAtlantic (às sextas-feiras) e TAP (às terças, quintas-feiras e sábados) a panafricana Asky Airlines, a Air Senegal e a marroquina RAM (Royal Air Maroc).

Pelas informações obtidas a partir da direção da EuroAtlantic, o diretor-geral da NAS acredita que "logo em 2023" a empresa poderá iniciar o segundo voo de ligação entre Lisboa e Bissau.

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