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Notícias ao Minuto 03/05/22
Anos e anos de investimento não estão a trazer bons resultados à Rússia. É esta a análise da inteligência britânica que, na sua atualização diária desta terça-feira, aponta que o exército russo está gasto e "significativamente mais fraco" com a guerra na Ucrânia, apesar dos milhões de rublos investidos desde 2005.
Através do Twitter, o Ministério da Defesa do Reino Unido afirma que "o orçamento de defesa da Rússia duplicou aproximadamente entre 2005 e 2018, com o investimento nas várias capacidades no ar, terra e mar".
Este investimento, que desde 2008 sustentou o programa de modernização militar 'New Look' - no mesmo ano em que a Rússia invadiu a Geórgia e anexou a Ossétia do Sul e a Abecásia - não resultou numa modernização eficaz, e "não permitiu que a Rússia domine a Ucrânia".
"O exército russo está agora significativamente mais fraco, tanto material como conceptualmente, graças à invasão na Ucrânia", constataram os britânicos, que referem ainda que as sanções irão "exacerbar" as dificuldades dos russos em recuperar militarmente a sua força.
"Falhas no planeamento estratégico e na execução operacional impossibilitaram a tradução da força numérica numa vantagem decisiva", acrescentam ainda.
As análises do Ministério da Defesa britânico têm assinalado constantemente as dificuldades operacionais da Rússia, especialmente no Donbass, causadas por mau planeamento e uma assunção de que a guerra seria ganha rapidamente.
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 3.100 mortos entre a população civil. No entanto, a ONU alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as baixas em cidades sitiadas e controladas pelos russos.
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As forças ucranianas conseguiram travar as operações militares terrestres da Rússia no sul da Ucrânia, eliminando 122 soldados russos, afirmou hoje o Comando Militar Sul ucraniano na rede social Facebook.
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Por LUSA 03/05/22
Kyiv diz que travou operações terrestres russas no sul do país
As forças ucranianas conseguiram travar as operações militares terrestres da Rússia no sul da Ucrânia, eliminando 122 soldados russos, afirmou hoje o Comando Militar Sul ucraniano na rede social Facebook.
"O inimigo, fortificado em posições defensivas, não realizou ações ativas nas regiões de Kherson e Mykolaiv (no sul do país, onde controla grandes áreas) nas últimas 24 horas", assegurou o comando ucraniano posicionado na área.
"No entanto, Mykolaiv e os seus arredores foram atacados por vários lançadores de foguetes. O inimigo mais uma vez disparou contra instalações industriais. Felizmente, nenhuma vítima foi relatada", acrescentaram os militares ucranianos.
O Comando Militar ucraniano explicou que na região de Kherson "uma tentativa de um grupo de sabotagem e reconhecimento de tomar nosso posto de observação foi frustrada e esmagada por fogo de morteiro".
"As nossas unidades de mísseis e artilharia realizaram mais de uma centena de lançamentos" que causaram uma "perda total de 122 (soldados mortos) nas fileiras inimigas nas últimas 24 horas", acrescentou a fonte.
As forças ucranianas, agrupadas no comando "Pivden", lembraram que, além de dois barcos de assalto blindados que foram abatidos ao amanhecer, os militares ucranianos também eliminaram várias unidades blindadas e autopropulsadas, assim como um 'drone' de reconhecimento "Forpost" que tentava sobrevoar a cidade de Odessa a partir do mar.
Depois de os russos atacarem duas vezes a região de Odessa com mísseis nas últimas horas, "continuaram a destruir a ponte sobre o estuário do Dnister, atingindo-a com mísseis de cruzeiro 'Yakhont'", disse o Comando Militar ucraniano.
Um míssil "Oniks", lançado do complexo "Bastion" na Crimeia, destruiu um prédio residencial em Odessa, onde um jovem de 15 anos morreu e outro menor foi hospitalizado com ferimentos, segundo o Comando.
A frota naval russa no Mar Negro continua a manobrar na costa sudeste da Ucrânia e mantém a ameaça de ataques com mísseis de alto alcance, disseram as forças ucranianas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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