quarta-feira, 27 de abril de 2022

GOVERNO ESPERA MAIOR CONSCIÊNCIA DA SOCIEDADE "CASTRENSE" COM CHEGADA AO PAÍS DA FORÇA DA CEDEAO, AFIRMA FERNANDO VAZ

Rádio Jovem Bissau

O porta-voz do governo, Fernando Vaz, afirmou hoje, em Bissau, que com a chegada da força de "estabilização" da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ao país, espera que haja uma "consciência" republicana das forças armadas guineenses sobre o atual regime no poder na Guiné-Bissau.

"Espero aquilo que a CEDEAO espera, que haja maior consciência da sociedade castrense e que interiorize que a mudança do regime se faz por via democrática pelo sufrágio universal e não com "Golpe de Estado", disse, insistindo que "penso que é uma mensagem grande que vem da sub-região por aquilo que esta a acontecer no Mali, na Guiné-Conacri e na Guiné-Bissau.  Por isso, esta não é só a mensagem que a nossa sub-região impõe, mas também a própria Comunidade Internacional", declarou Fernando Vaz.

Vaz falava aos jornalistas, à margem do lançamento da Campanha de Vacinação contra a poliomielite, em Bissau, em frente às instalações do Ministério da Saúde Publica, na qual confirma a chegada dos primeiros efetivos da força a capital Bissau.

Questionado pela imprensa se a presença dessa força mostra que a Guiné-Bissau vive novamente numa estabilidade política, Fernando Vaz respondeu que o país foi sobressaltado no passado dia 01 fevereiro, e que é fundamental tomar medidas.

O também ministro do Turismo e Artesanato,  reconhece que a presença da força de "estabilização" da sub-região não é um assunto do consenso entre os guineenses, incluindo o coletivo governamental, mas lembra que é importante respeitar a decisão dos Chefes de Estados da CEDEAO.

Embora a força da sub-região começasse a chegar a Bissau, ainda não foi designado o nome da nova corporação da CEDEAO. 

O porta-voz do governo revela que os detalhes da presença desta força serão definidos na próxima cimeira da organização a realizar-se no mês de maio.

Recordar que os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO decidiram enviar ao país um contingente de apoio, depois do atentado de 1 de fevereiro contra o Palácio do Governo, que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló classificou como uma tentativa de golpe de Estado.

O Parlamento ainda não se pronunciou sobre o tema, mas parte do contingente já se encontra no território nacional.

Por: AC

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