Welcome to Dr Ngozi Okonjo-Iweala @NOIweala on her first day as WTO Director-General!
She makes history as the first woman and first African to take up this post.
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Primeiro dia da nigeriana Ngozi Okonjo Iweala como nova chefe da OMC
A economista nigeriana Ngozi Okonjo Iweala ( no centro) junto dos directores-adjuntos da OMC, Alan Wolff (esquerda) e Karl Brauner (direita) neste dia 1 de Março de 2021 em Genebra. Fabrice Coffrini AFP
Ngozi Okonjo Iweala, encetou hoje o seu primeiro dia como nova directora-geral da OMC, Organização Mundial do Comércio, duas semanas depois de ter sido oficialmente designada para o cargo. No seu primeiro dia de trabalho colocado sob o signo do diálogo com as equipas que têm pilotado a organização durante os últimos meses, a antiga governante nigeriana lançou um primeiro apelo no sentido de desbloquear as negociações sobre o sector das pescas.
"Tenho muito trabalho pela frente, eu estou pronta". Foi o que disse Ngozi Okonjo Iweala, a nova directora-geral da Organização Mundial do Comércio ao chegar esta manhã na sede da organização em Genebra para encetar o seu primeiro dia no cargo, um primeiro dia feito para já de encontros com os directores-gerais adjuntos que asseguraram a direcção interina do órgão durante os 6 meses de vazio no poder, depois do seu antecessor, o brasileiro Roberto Azevedo, renunciar ao posto um ano antes do fim do seu mandato, para em seguida assumir um cargo de chefia na empresa americana PepsiCo.
Antiga ministra das finanças e antiga chefe da diplomacia da Nigéria, esta economista de formação que trabalhou durante 25 anos no seio do Banco Mundial, enceta o seu mandato com a primeira reunião do Conselho Geral da OMC do ano, hoje e amanhã. Uma reunião durante a qual se deve fixar a data da próxima conferencia ministerial, já adiada devido à pandemia, mas em que também e desde já, a nova dirigente da OMC lançou um apelo para o desbloqueamento rápido das negociações em torno das subvenções ao sector das pescas, Ngozi Okonjo Iweala argumentando que "a pesca excessiva e a pesca ilegal são factores que prejudicam a sua sustentabilidade".
Outro dossier na mesa para a nova dirigente: a necessidade desbloquear os conflitos da organização com os Estados Unidos que inclusivamente, durante a era Trump bloquearam o funcionamento desta entidade ao ponto de vetar a sua própria nomeação como directora-geral. Apenas depois da chegada de Biden à Casa Branca é que se pôde sair deste impasse.
Além deste aspecto, trata-se também para a nova directora de operar algumas reformas numa organização onde a mais pequena mudança tem ser objecto de um consenso. Vários países, os Estados Unidos, o Canadá mas também Estados-membros da União Europeia, pedem reformas que permitam à OMC responder de forma -a seu ver- mais apropriada aos desequilíbrios comerciais existentes com a China. Também tem sido reclamada mais transparência nas políticas comerciais dos 164 países membros.
Enfim, há também o desafio colocado pela covid-19. A nova directora-geral para quem esta é um das suas prioridades, apelou a OMC a concentrar-se sobre a pandemia numa altura em que tem prevalecido uma certa divisão sobre a questão da isenção da propriedade intelectual sobre os tratamentos e vacinas contra o coronavírus de modo a torna-los mais acessíveis a todos.
Países como a Índia e África do Sul têm pedido a isenção da propriedade intelectual dos fármacos anti-covid de modo a maximizar a sua produção a nível mundial. Já o chamado "grupo de Ottawa" que abrange a União Europeia e 12 países, entre os quais o Brasil, o Canadá e a Suíça pretendem que sejam suprimidas as taxas aduaneiras de modo a facilitar o comércio desses produtos.
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