Por: Cristiana Soares RFI
Assinala-se este sábado o primeiro ano de mandato de Umaro Sissoco Embaló na cadeira da Presidência da Guiné-Bissau. Sissoco Embaló chegou à cadeira mais alta da Guiné-Bissau saído de umas eleições contestadas pelo PAIGC e tomou posse num hotel da capital, enquanto ainda decorria um recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça.
Antes do reconhecimento interno, acabou por arrecadar o reconhecimento internacional muito graças aos vizinhos Senegal e Gâmbia.
365 dias marcados pela gestão da Covid-19, abusos e perseguições políticas, a saída do país de dois dos principais opositores do regime e, já na recta final, por suspeitas de golpe de Estado e consequentes mexidas nas chefias militares.
Ao microfone da RFI, João Paulo Pinto Có, historiador e antropólogo guineense sublinha que este ano fica marcada por uma “diplomacia agressiva” e “desrespeito pelos direitos humanos”, além da "inobservância dos preceitos que norteiam a liberdade de imprensa e de expressão”.
Questionado sobre os desafios do Presidente guineense, o investigador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa da Guiné-Bissau sublinha que o futuro passa pela unidade nacional: “é preciso que a Presidência da República tenha um discurso de unidade nacional” e é igualmente necessário o respeito pela "separação de poderes”.
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