sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Defesa - Ministro diz que o ponto fraco das Forças Armadas é gestão dos recursos humanos

Bissau, 18 Set 20 (ANG) – O ministro da Defesa e dos Combatentes da Liberdade da Pátria afirmou hoje que o ponto mais fraco das Forças Armadas Revolucionária do Povo (FARP) é a gestão dos recursos humanos, noticiou a Rádio Sol Mansi.

Sandji Fati que falava no encerramento de um curso de capacitação dos Comandantes de Batalhões, disse que é preciso definir critérios rigoroso  para promoção dos oficiais  desde as fases de promoção de patentes de Cabo, Furriel, Sargento e assim sucessivamente até chegar ao General.

“Temos a responsabilidade de formar e ajudar que as FARP se transformam em Forças Armadas Republicanas, assim que chegarem a fase de promoção ao coronel, todos saberão antecipadamente que são, de facto, militares de carreira e os mais antigo,”disse.

Fati recomendou aos formandos para  exigirem  que os chefes de ramos sejam os próprios a gerir as suas unidades em vez de transferir essas  responsabilidades para o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas (CEMGFA) ou ao seu vice.

Em relação a instabilidades políticas outrora supostamente provocadas pelos próprios  militares, Sandji  Fati disse que os militares  são os  maiores  prejudicados, e a título de exemplo indicou que as casas dos oficiais residentes  ao redor do Estado-maior do Exército estão constantemente a trocar de morador por causa da instabilidade.

Disse  que os sucessivos  sobressaltos nunca impediram  realizações de eleições no país, acrescentando que os militares não ganham  nada com isso.

O ministro da Defesa afirmou  que os políticos dizem sempre que querem um Estado de Direito Democrático, tendo questionado  como se pode atingir esse desiderato sem  Forças Armadas democráticas e republicanas.

Aquele governante defendeu   que o governo deve criar condições aos militares para se transformarem em Forças Armadas Republicanas.

ANG/JD/ÂC//SG

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A cerimónia de encerramento sobre curso de capacitação aos comandantes de batalhões.

Na cerimónia, o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas Biaguê Na N'Tan garantiu a submissão total das Forças Armadas ao Poder Político. Ele, frisou que não há desenvolvimento sem a Paz e a Estabilidade. Afirmou também, na ausência das forças estrangeiras, as Forças Armadas guineenses são responsáveis pela a estabilização do país. 

NanTan, convidou a todos os militares a darem seus contributos no que tange com a edificação da Paz Social no país.

O Ministro General Sandji Fati, na sua Locução, enfatizou o rigor e a disciplina aos militares, segundo ele, não existe militar, sem o rigor e a disciplina. 

Fati, antes de terminar seu discurso, solicitou ao Chefe de Estado Maior General das Forças que nos próximos cursos, que lhe formule um convite com o objetivo de transmitir seus conhecimentos aos militares.

De lembrar que  ele é um dos poucos sobreviventes militares, com os conhecimentos invejáveis no domínio militar reconhecido internacionalmente.

Para terminar, o Ministro disse que para haja Forças Armadas Republicanas é preciso que seja respeitadas as leis e a submissão ao Poder Político.




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