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14/08/20 11:38 POR LUSA
Os acordos de princípio, com a condição de que as vacinas se revelem eficazes, são de 60 milhões de doses da vacina NVX-CoV2373 em desenvolvimento pela farmacêutica norte-americana Novavax, e de 30 milhões de doses da vacina Ad26.COV2.S, da farmacêutica belga Janssen, que faz parte do grupo Johnson and Johnson.
No âmbito dos contratos, o Reino Unido vai cofinanciar e participar na realização dos testes clínicos das duas vacinas experimentais e, se estes forem bem-sucedidos, a expectativa é que as vacinas estejam disponíveis em meados de 2021.
Kate Bingham, presidente do grupo de trabalho do Governo britânico para as vacinas, explicou hoje à BBC que a vacina da Janssen está avançada porque recebeu aprovação por autoridades reguladoras para uso médico contra o ébola e agora a empresa está a testar a mesma tecnologia contra o novo coronavírus.
Quando à Novavax, disse ser "provável que seja a primeira companhia a produzir uma vacina com base numa proteína" e cujos testes clínicos até agora mostraram resultados "muito encorajadores".
Juntamente com estes dois contratos, o governo já garantiu a encomenda de 340 milhões de doses de seis vacinas em desenvolvimento por vários laboratórios e farmacêuticas, um dos maiores volumes no mundo, apesar de ainda não existirem provas da sua eficácia.
O Reino Unido assinou anteriormente contratos para a compra de 100 milhões de doses da vacina da universidade de Oxford, 60 milhões da Valneva, 60 milhões da GSK/Sanofi e 30 milhões da BioNTech/Pfizer.
"Não há nenhuma vacina contra qualquer coronavírus humano. Não sabemos qual destas vai funcionar. Estamos a escolher as mais promissoras dos quatro tipos diferentes de vacinas e esperar que, se alguma mostrar que é eficaz, teremos direito sobre essa vacina", justificou Bingham.
O Reino Unido registou 18 mortes por COVID-19 na quinta-feira, aumentando o total acumulado desde o início da pandemia para 41.347 óbitos, um balanço inferior ao comunicado anteriormente devido a uma alteração na metodologia de contabilização.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 750 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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VACINA - Bruxelas fecha acordo para compra de vacina contra a Covid-19
Vacina está a ser desenvolvida pela universidade de Oxford e pela farmacêutica Astrazeneca.© Shutterstock
14/08/20 11:45 POR ANDREA PINTO
Bruxelas fechou um acordo para a compra de 300 milhões de doses de uma vacina contra a Covid-19.
O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, dando conta que o acordo prevê ainda a compra adicional de mais 100 milhões de doses, pode ler-se no site da Comissão.
A vacina pertence à farmacêutica AstraZeneca e acontece após conversações exploratórias com a Sanofi-GSK anunciadas a 31 de julho, e com a Johnson & Johnson a 13 de agosto.
"A Comissão Europeia concluiu o primeiro acordo de compra de até 400 milhões de doses da futura vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca. Estamos empenhados em garantir a saúde dos europeus e dos nossos parceiros a nível mundial", escreveu a líder na sua página de Twitter.
Assim que se prove que a vacina é segura e eficaz contra a Covid-19, a Comissão irá adquirir 300 milhões de doses da mesma, com uma opção de compra de mais 100 milhões de doses, em nome dos Estados Membros da UE. Saliente-se, que a Comissão continua a discutir acordos semelhantes com outros fabricantes de vacinas.
Stella Kyriakides, comissária da Saúde e Segurança Alimentar, afirmou que esta sexta-feira, "chegou-se a ao primeirio acordo europeu para a aquisição de uma vacina, após semanas de negociações".
"Gostaria de agradecer à AstraZeneca pelo seu empenho neste acordo importante para os nossos cidadãos. Continuaremos a trabalhar de forma incansável para trazer mais candidatos para o nosso portfolio de vacinas na UE", acrescentou.
O acordo hoje aprovado será financiado pelo Instrumento de Apoio de Emergência, que dispõe de fundos dedicados à criação de uma carteira de potenciais vacinas com diferentes perfis e produzidas por diferentes empresas.
[Em atualização]
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