quarta-feira, 20 de maio de 2020

Guiné-Bissau - “O país não pode ter um Presidente da República jogador”, diz Marciano Indi


Bissau, 20 mai 20 (ANG) – O deputado da Assembleia do Povo Unido Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) afirmou que o país não pode ter um Presidente da República “descarrado e jogador”, mas sim, um chefe de Estado que vai desempenhar seu papel de árbitro.

Em entrevista exclusiva à ANG esta quarta-feira, Marciano Indi disse que o Presidente deve sempre correr nas linhas admissíveis de um árbitro e apitar o jogo como deve ser e que não tem direito de chutar a bola para baliza contrária porque tem o interesse que outra equipa ganhe.

Marciano Indi disse ainda que o Presidente da República não deve ser quem faz conexão com outros partidos, por seu interesse pessoal, pondo o Povo em causa, sustentando que toda a engenharia que está a ser feita nesse momento é uma forma de confundir a opinião pública nacional e internacional para poder satisfazer o interesse do seu grupo, em detrimento do interesse nacional.

“Quando o Presidente está a reivindicar de que vem de eleições e tem todo o poder, não deve esquecer que há partido que venceu eleições legislativas e tem o direito de governar porque apresentou o programa eleitoral e o Povo acreditou, nesse caso, tem que transformar aquele programa em acção  governativa para poder satisfazer o  interesse do Povo”, frisou.

Segundo Marciano Indi, num Estado de Direito Democrático, quem ganha eleição é que deve governar por isso Umaro Sissoco Embaló deve devolver o poder ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

O deputado voltou a reconfirmar  que o seu partido APU-PDGB e sobretudo os quatro deputados continuam fiéis ao Acordo de Incidência Parlamentar assinado com o PAIGC, em 2019 para garantir a governação do partido que ganhou as eleições legislativas. Segundo Indi, quem ganha eleição deve governar.

Promenteu que os quatros deputados vão continuar a dar as suas contribuições para ajudar o país a sair definitivamente da crise cíclica que sempre prejudicou o Povo.

Indi sublinhou que APU-PDGB foi criado para dar  contribuições para que a democracia torne forte na Guiné-Bissau, e defende que  isso só pode ser com respeito ao princípio democrático.

Mostrou o desejo de ver as partes do seu partido reconciliadas, garantindo que para que haja uma reconciliação de verdade no seio do partido, o seu presidente Nuno Gomes Nabian deve se renunciar de  acordos assinados ilegalmente, violando o Estatuto do partido APU-PDGB e voltar ao acordo antigo.

“Pode haver  reconciliação a partir do memento em que o Presidente do partido está de acordo, em voltar ao Acordo antigo, e quando houver outra situação podemos analisar no seio de partido, com sangue frio sem interesse de cada um, mas sim, vendo o que vai beneficiar o país e partido. Caso contrário, não haverá reconciliação”, afirmou Indi.

Disse esperar que a comunidade internacional e sobretudo a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e União Africana, como fiscalizadores do cumprimento e respeito da democracia nos Estados que aceitaram a democracia, não vão entrar nas jogadas de Umaro Sissoco Embalo.

O deputado acrescentou que um Presidente não pode usurpar o poder e transformar-se num ditador, e “pensar que tudo o que ele ou seu grupo quer é que deve ser”.

Indi disse que, se o último comunicado de CEDEAO que ordenou Umaro Sissoco Embaló a nomear um novo governo até dia 22 do mês corrente não veio a ser respeitado, Sissoco Embaló vai deixar de ser o Presidente da República.

“Umaro Sissoco Embaló vai deixar de ser o Presidente da República caso não respeitar o comunicado da CEDEAO. E a organização deve lhe contar que foi reconhecido com o intuito de criar estabilidade governativa para que a Guiné-Bissau possa andar, mas como não foi o caso, vai esperar o pronunciamento do s Tribunal”, disse.

Respondendo a declaração do Presidente da República Umaro Sissoco Embaló sobre a dissolução do parlamento, Indi disse que pode-se dizer que Umaro Sissoco Embaló não é Presidente da República porque a sua investidura carece de algumas formalidades, e que todas as decisões tomadas são inválidas, acrescentando que quando foi reconhecido devia haver haver uma cerimónia de sua investidura na Assembleia Nacional Popular, o que não foi o caso.

A reafirmação do vinculo de quatro deputados do partido APU-PDGB, feita por Marciano Indi põe em causa a maioria parlamentar desejada por esta formação no quadro de um acordo de incidência governativa e parlamentar, assinado na semana passada entre APU-PDGB, Madem G-15 e o PRS, três formações que constituem a frente oposta ao PAIGC. 

ANG/DMG/ÂC//SG  

4 comentários:

  1. e agora onde está a maioria que até ontem, o mademg15 reclama e o autoproclamado presidente ta querendo inventar, onde em todos os órgãos e comissões é o paigc que tem a maioria, se realmente o auto proclamado não deixa de ser jogador será pior para ele e os seus acólitos. porque ao meu ver o paigc não lhe dará tréguas para os dias que virão .esses partidos interesseiros devem respeitar a vontade do povo, fiquem na oposição em que o povo vos colocou e fiscalizem as ações do governo e em 4 anos o povo julga os efeitos do governo na urna, e não viver de complot de sempre (PRS, MADEM e agora uma alá de APUGB. tem alguns senhores que não podem estar fora do governo porque profissão deles é ministro. nau forti intriguistas , baixo golpistas, abaixo...

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  2. N'misti punta Marciano Indi, ku td leitores atentos di és blog um cusa! Aos na Guiné-Bissau, suma assunto i PAIGC, no misti ribanta figura di deputados independentes ma, mas no lembra di kuma k ku tissi tudo és situação ku nó xta nel sim té aos i pabia d kuma PAIGC ku si lider falhado i tdo su acólitos nega ba di kuma kil 15 Deputados ku aos ganha eleições presidenciais na nó terra expulsado bah di partido i é pidi sé substituição pabia di kuma na nó leis noka tené figura di deputados independentes.... boh curto sentido suma ladrões. Presidente USE na dixa nam PAIGC, kim ku te aos ka pudi tchomau Presidente, ta bim misti pa Bu decreto devolvil poder, na djubi té na nundé ku presidente na tolera bós. El desde início i sibi badja di kuma si sucessos na governação na passa pa resolve és Parlamento nundé ku só parasitas ku xta lá. Boh para boh penxa, ninguim ka tissidu guiné.

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  3. Este Marciano é um desequilibrado mental e esse desequilíbrio vem da familia,quer dizer esta no seu DNA quem conhece a história do pai sabe do estou falando portanto as suas declarações não merecem a minha apreciação.

    Fidju di Dudu i kata lundju ku dudessa.

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