quinta-feira, 19 de setembro de 2019
MADEM E PRS ACUSAM PAIGC DE MANOBRAS DILATÓRIAS PARA BLOQUEAR O FUNCIONAMENTO DO PARLAMENTO
O Movimento para Alternância Democrática (MADEM G 15) e o Partido da Renovação Social (PRS), acusam o executivo e a bancada parlamentar do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) de manobras dilatórias para bloquear o normal funcionamento do Parlamento para não permitir a discussão do programa do atual executivo da Guiné-Bissau.
A sessão do debate do programa foi convocada e estava prevista para iniciar hoje, mas foi suspensa devido a uma greve convocada pelo sindicato dos funcionários da Assembleia Nacional Popular (ANP), que iniciou na segunda-feira para reivindicar o pagamento de salários em atraso.
Em conferência de imprensa, no final de uma reunião convocada pelo líder do hemiciclo guineense, Cipriano Cassama para analisar a paralisação, o deputado do Madem, Marciano Silva Barbeiro, afirmou que independentemente das exigências laborais, há uma falta de vontade do executivo e a bancada do PAIGC para que a sessão tenha lugar esta quinta-feira.
Embora solidarize com as reivindicações dos funcionários da ANP, Silva Barbeiro, entende que o hemiciclo tem um serviço administrativo com a obrigação de negociar com sindicato, para que a sessão marcada pelos os órgãos competentes tenha lugar no dia e hora marcados.
Numa conferência de imprensa conjunta dos dois partidos da oposição, o deputado do PRS, Nicolau dos Santos disse que o seu partido sempre está disponível em busca da solução, mas fez lembrar que o regimento parlamentar prevê que em caso da indisponibilidade do parlamento, os parlamentares podem reunir-se em outro local indicado pelo órgão.
Segundo apurou a Rádio Jovem, após a reunião convocada pelo líder da ANP, foi criada uma comissão para negociar com a direção do sindicado dos funcionários em busca de solução para permitir o debate do programa do executivo guineense.
Aos jornalistas, o líder da bancada parlamentar da Assembleia do Povo Unido- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), uma formação política que faz parte do executivo, Marciano Indi revelou que o seu partido está pronto para discutir o programa do governo.
Questionado pela imprensa se APU-PDGB vai votar a favor do programa, Indi disse que o partido vai fazer uma análise exaustiva antes decidir validar o instrumento da governação.
A nossa estação emissora tentou obter a reação da bancada parlamentar dos libertadores, mas sem sucesso.
O executivo já tinha entregado o programa ao parlamento, mas a ausência do primeiro-ministro, Aristides Gomes, e do presidente da Assembleia Nacional obrigou a um adiamento da marcação da data para o início dos trabalhos.
Segundo o documento, na primeira sessão extraordinária da décima legislatura, os deputados vão analisar também a situação da apreensão de drogas no país, discutir e votar o orçamento da Assembleia Nacional Popular, votar os novos membros do conselho de administração e decidir sobre o novo modelo de cartão de identificação e livre-trânsito dos deputados.
Por: AC
radiojovem.info
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