Sr. Domingos Simões Pereira, é a si que dirijo diretamente. Tinha agendado começar a ter este monólogo (sei que não terá a coragem de o transformar em diálogo) depois de 24 de Setembro, mas assistindo a este vídeo, sinto que não devo esperar mais tempo!
Sr. Domingos Simões Pereira, o Sr. não tem qualquer respeito ao sofrimento alheio! Comecei a achar isso, aquando do bloqueio que impôs ao país, durante a falsa crise que o seu próprio partido criou com as suas crises internas, sem se importar se o guineense comum tenha três refeições por dia ou quantas mortes estavam a acontecer no Hospital Simão Mendes! O que mais importava era que o Sr. foi desalojado do poder pelo qual tanto lutou e continua a lutar e tudo valia para recuperá-lo!
Voltei a sentir essa falta de respeito ao sofrimento alheio, quando fez uma oportunista visita aos médicos da ONG Saúde Sabe Tené durante o exercício das suas nobres funções médicas voluntárias no Hospital Simão Mendes, tentando minimizar o sofrimento de imensos guineenses a quem o partido que preside sonegou durante anos umas condições de saúde básicas e condigna, um acto apenas e só para o aproveitamento político, uma vez que era apenas o líder de um partido e não o representante de qualquer órgão do Estado.
Hoje, no período pré-eleitoral dumas eleições em que o sr. é candidato, volta a faltar o respeito aos familiares das vítimas de uma tragédia, apenas para colher votos!
Sr. Domingos Simões Pereira, um líder partidário não deve fazer-se comparecer num momento como este, sem ser em representação de um Órgão do Estado, muito menos no período pré-eleitoral! Isso é, pura e simplesmente, tentar manipular sentimentos alheios, num momento de dor e sofrimento, para colher dividendos eleitorais, ainda por cima de vítimas de um sistema que o seu próprio partido criou, ao longo dos anos que geriu e mal os destinos de todo um povo.
Sr. Domingos Simões Pereira, peço-lhe aqui que tenha mais respeito ao sofrimento alheio, porque o poder não pode valer tudo. Quem assim pensa acaba por ser “devorado” pelo próprio poder...
Jorge Herbert
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