domingo, 16 de junho de 2019

Ao Exmo. Sr. Dr. José Mário Vaz

Por Jorge Herbert

Dirijo-lhe essas poucas linhas para lhe manifestar o meu total e incondicional apoio, neste momento que tem de tomar decisões difíceis, como Presidente de um país tomado refém e asfixiado pelo monstro que diz tê-lo libertado do jugo colonial, para depois oprimi-lo e desbaratá-lo aos interesses externos neocoloniais.

Sr. Dr., esta minha missiva, aberta à redes sociais, serve apenas para lhe dizer que, após a consulta dos partidos políticos com assento parlamentar, qualquer que seja a sua decisão/escolha, vou apoiá-lo de forma incondicional.

Talvez não saiba, mas faço-o saber que apoiarei incondicionalmente as suas decisões políticas, porque sei que nós os dois nos movemos pelo mesmo espírito patriótico e por não nos conformarmos com o estado em que se encontra o nosso país e a miséria a que o seu povo foi remetido por falta da educação, saúde, justiça e equidade na distribuição da riqueza nacional.

Sei que foram esses valores que lhe fez aceitar a exposição a que a sua vida pessoal e familiar foi submetida pela campanha de diabolização orquestrada pelo monstro que não consegue viver condignamente a não ser alimentando-se do sangue dos guineenses, através do erário público... Não fossem essas suas convicções, teria enveredado pelo caminho mais fácil e teria uma presidência mais tranquila! Mas não, o seu patriotismo e sentido de justiça falou mais alto e fê-lo aceitar o desafio de enfrentar o monstro PAIGC.

A findar o seu mandato como Presidente da República, quero aqui deixar manifestado, coisa que nunca antes fiz a nenhum político guineense, o meu incondicional apoio à sua pessoa, quer venha a renovar ou não o mandato presidencial, respeitando-o a si e a sua esposa, como pessoas de bem e como gesto de reconhecimento pela batalha que decidiu enfrentar, apesar da incompreensão daqueles que se deixaram iludir e manipular-se por propagandistas políticos.

Sr. Dr. José Mário Vaz, decida com a sua consciência que, quem o acompanhou e o compreendeu até hoje, continuará a comprendê-lo e apoiá-lo, independentemente de qual for a sua decisão e saberá esperar para mais tarde colher o fruto da nossa luta...

Nunca mais me esqueci de uma vez ter dito, com alguma mágoa disfarçada, de que muitos dos guineenses que saíam à rua para manifestar contra si, desconheciam que estava a “lutar” por eles...

Vá em frente na sua decisão, quer nos agrade a nós que somos seus apoiantes, ou não, mas tome-a com base nas suas convicções e estratégia política. Por vezes é preciso recuar ou até perder uma batalha para se reorganizar e ganhar a guerra...

Aceite os meus respeitosos cumprimentos.

Jorge Herbert

1 comentário:

  1. Ok, declaração de apoio incondicional, é legítimo pode ser, mesmo se totalmente errada nesta situação e caso.

    E eis por isso mesmo, não me quero cansar. De mais uma vez, fazer chegar por esta via, mais este um recado meu ao nosso Ilustre conterrâneo, Senhor autor deste artigo cá comentado. Tendo-se tornado, como já disse num outro lugar, para já, num crónico recidivista ideólogo do regime JOMAV. Observação estendível a uns seus outros colegas da mesma tendência, todas/todos, já crónicos no seu recidivismo como as próprias crises cíclicas bissau-guineenses. Crises essas, que, elas/eles, apenas ajudaram até aqui e continuam ajudar a sustentar, em vez de ajudar na busca de boas soluções.

    Por isso, mais uma vez, mais este um aviso.

    ‘Recidivistas’? Sim! Refiro-me é, a esse recidivismo provado desse nosso Ilustre conterrâneo autor deste artigo cá comentado, em FABRICAÇÕES DE FALÁCIAS E MAIS FALÁCIAS (sofismas portanto), em seus ditos “comentários” ou “análises”. Eis por isso esse meu aviso.

    Em todas as abordagens procedidas pelos observadores e analistas de todos os bordos, nas quais, esses se constituem, em como seus objetos de observação, descrição e análise, um ou outro aspeto do PODER POLÍTICO e/ou EXERCÍCIO DO PODER POLÍTICO, para fins quaisquer; esse seu exercício é sempre comparável a de todas as médicas/todos os médicos das artes de práticas medicinais, de todos os bordos, que se fazem o CORPO HUMANO e/ou TECIDO SOCIAL (caso da saúde pública) os seus objetos de diagnósticos para fins quaisquer.

    Com efeito, esses, embora agindo evidentemente em domínios diferentes da vida e prática produtiva e social dos seres humanos (ciências políticas; sociologia política; direito; jornalismo; medicina, etc.), eles mesmos tidos como dois grupos socioprofissionais (nos quais se podem misturar às vezes aqui e ali, gente fanfarrã e/ou aprendizes de feiticeiro de Göthe), devem sempre seguir esse PRINCIPIO PADRÃO que constituí o elemento comum que carateriza a ESSÊNCIA dos seus exercícios, cada, do seu lado, a saber:

    QUANDO NÃO SE CONSEGUE, PREMEDITADAMENTE OU NÃO, POR UMA ANÁLISE CORRETA, IDENTIFICAR, COM DEVIDA PRECISÃO, LÁ, ONDE SE SITUA UM PROBLEMA, IR-SE-Á SEMPRE FALHAR AS BOAS SOLUÇÕES PARA A SUA RESOLUÇÃO EFICAZ, DURADOURA E SENÃO MESMO, DEFINITIVA.

    Eis o porquê, do império, junto dos atores sociais dedicando-se a tais géneros de exercícios, em todo o primeiro lugar, da ÉTICA E MORAL PROFISSIONAL SÃS E A HONESTIDADE INTELECTUAL E EM GERAL, INFALÍVEIS. E, quem ainda não entendeu isso, então, ainda não entendeu nada do exercício destas artes. E, engajando-se não obstante esporadicamente ou permanentemente, profissionalmente nisso, é estar, em todo o primeiro lugar, a troçar-se de si mesmo.

    Obrigado.
    Pela honestidade intelectual, infalível...
    Por uma Guiné-Bissau de Homem Novo (Mulheres e Homens), íntegro, idôneo e, pensador com a sua própria cabeça. Incorruptível!
    Que reine o bom senso.
    Amizade.
    A. Keita

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