Por Ernesto Dabo
O combate político, quando é entre forças políticas dum país, por mais complexo, intenso e longo que for, independentemente da vontade dos protagonistas, a orientação estratégica de todos, é só uma: BEM SERVIR A NAÇÃO. Assim sendo, as capacidades de liderança de indivíduos ou grupos, são factores a avaliar e estimular, no sentido positivo, à luz de cada circunstância que as etapas do processo forem impondo, dado as respectivas consequências na vida da sociedade que têm a responsabilidade de bem dirigir para melhor a servir.
Nos dias que correm, na Guiné-Bissau, sentimos todos que nos aproximamos cada vez mais duma injusta e injustificável catástrofe nacional, particularmente se tivermos em conta que o país já não tem condições para suportar mais desgaste, porque as cíclicas crises que vive o colocou à beira da implosão.
Argumentos técnico-jurídicos de todo o tipo e nível já foram brandidos para explicar e defender interesses ínfimos, face aos da nação e, até hoje, ainda não se conseguiu desbloquear a situação decorrente da constituição da Mesa da ANP. Estará em causa neste processo uma questão interpretativa da lei apenas?
Categoricamente, assumo que não. O direito, não é o único instrumento de liderança das sociedades e nem opera isoladamente dos outros. Este facto aponta para a necessidade de os líderes terem sempre em conta a correlação entre os diversos instrumentos de que dispõem para o exercício das suas competências, à luz da razão estratégica que devem perseguir. Posto isto, vejo-me estimulado a interpelar o líder do PAIGC, por julgar que a história está a oferecer principalmente a ele, neste momento, a responsabilidade e possibilidade de orientar o partido que preside, a uma decisão que se deve tomar, por ser a que melhor serve os interesses da nação.
Considerando:
- que a composição da Mesa da ANP, vai permitir o normal funcionamento do nosso parlamento;
- que a urgente necessidade de constituição do governo está fortemente condicionada por esta questão da mesa da ANP;
- que urge marcar a data das eleições presidenciais;
- que o crescendo de tensões politicas e sociais já está a dar motivos de prevenção por parte das forças de defesa e segurança nas ruas de Bissau, nomeadamente;
- que nenhuma das crises vividas pelo país trouxe ganhos efectivos a um partido e muito menos à nação;
na minha qualidade de simples concidadão e amigo, apelo ao partido PAIGC, ao seu Presidente, Eng. Domingos Simões Pereira, em particular, que contribuam para se pôr fim à crise instalada na ANP pela via do diálogo, à luz da lei.
Reitero aqui que, sempre que necessário, agirei no sentido de apelar à procura de soluções pacíficas aos nossos problemas.
NA POLITICA, O REALISMO É NORMA SUPREMA, IMPERATIVA
Mantenhas
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