Moradores da cidade de Neves ergueram barricadas e cortaram a ligação rodoviária com a capital em protesto contra três dias consecutivos de falta de energia elétrica.
Moradores da cidade de Neves, norte de São Tomé, ergueram barricadas e cortaram a ligação rodoviária com a capital em protesto contra três dias consecutivos de falta de energia elétrica, e agrediram trabalhadores da empresa de energia, indicou fonte local.
A energia já foi restabelecida, mas os populares decidiram que só esta quarta-feira permitirão a circulação de pessoas e bens pela única via de acesso entre a capital e o norte da ilha.
Trabalhadores da Empresa de Água e Eletricidade (Emae), que se encontravam no local foram agredidos e os populares não permitiram que uma ambulância que socorria esta terça-feira uma parturiente em gestação difícil saísse de Neves para o hospital central na capital.
Profissionais da saúde foram obrigados a transferir a parturiente da ambulância para um táxi que se encontrava de outro lado da barricada para ser levada ao hospital.
Os camiões da Empresa Nacional de Combustíveis e Óleo (Enco) e da fábrica de cerveja Rosema que abastecem a capital e outras localidades do país a partir da cidade de Neves foram impedidos de ultrapassar a linha de barricada montada pelos populares.
A cidade de Neves é a capital do distrito de Lembá, situada a mais de 30 quilómetros da capital, São Tomé.
Muitos populares têm recorrido a canoas (pirogas) para chegarem à capital, via mar, e regressar às suas comunidades.
O Governo ainda não se pronunciou sobre o assunto, bem como a Empresa de Água e Eletricidade.
No mês passado, o país viveu uma sequência de barricadas em vários pontos do país, que foram entretanto interrompidas depois de o Governo ter prometido “repor a autoridade do Estado” e o Presidente da República, Evaristo Carvalho, ter instado o executivo a responsabilizar criminalmente todos aqueles que provocaram a destruição do património do Estado com barricadas e queimas de pneus e impediram a livre circulação de pessoas e bens.
São Tomé vive uma crise de energia há mais de três meses, que se agravou nas últimas semanas.
interlusofona.info
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