terça-feira, 31 de julho de 2018

Pescadores guineenses acusados de roubo de equipamentos de segurança no mar

O capitão dos portos da Guiné-Bissau, Sigá Batista, acusou esta terça-feira os pescadores de roubarem faróis e balizas de navegação, o que disse colocar em perigo as embarcações nos mares do país.


O capitão dos portos da Guiné-Bissau, Sigá Batista, acusou esta terça-feira os pescadores de roubarem faróis e balizas de navegação, o que disse colocar em perigo as embarcações nos mares do país.

De acordo com Batista, os pescadores roubaram os faróis e as balizas afixados nos mares guineenses ainda na época colonial, mas que, até recentemente, garantiam segurança às embarcações que entravam ou saiam do país.

  • Nesta altura, não temos nenhum farol, nenhuma outra estrutura, que garanta a segurança das embarcações”, defendeu o capitão dos portos guineenses.

Sigá Batista considerou que os acidentes que têm ocorrido ultimamente com pirogas de pescadores ou de passageiros, na travessia entre as várias ilhas nos Bijagós, é a consequência de falta de instrumentos de orientação à navegação.

  • Como se sabe, estes instrumentos no nosso mar são ainda da época colonial, mas funcionavam, até serem retirados pelos pescadores”, afirmou Batista.

Para inverter a situação, o Instituto Marítimo Portuário da Guiné-Bissau (IMPGB) elaborou um plano estratégico, com o apoio de parceiros como embaixada de França e o gabinete integrado das Nações Unidas para consolidação da paz (Uniogbis), aguardando agora a sua aprovação pelo conselho de ministros.

O plano irá contemplar, num documento único, que terá força de lei, as competências de todas as entidades que intervêm em questões de segurança marítima, nomeadamente os bombeiros e as várias forças policiais, prevendo ações e medidas a tomar contra pesca ilegal, trafico de droga, armas, seres humanos, comercio ilícito nos mares guineenses, bem como as diretrizes de navegabilidade, precisou Sigá Batista.

Se o plano for aprovado, o capitão dos portos guineenses acredita que vai ser possível controlar os mares do país “mesmo estando em terra”, disse. “A segurança marítima é importante para Guiné-Bissau, mas também para outros países do mundo”, observou Sigá Batista.

observador.pt

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