O secretário-geral da Central sindical, Júlio António Mendonça que falava hoje em conferência de imprensa disse que o primeiro-ministro tem evocado sempre a aplicação do decreto nº1/2017 de 25 de janeiro no ser artigo 15, relacionado a necessidade de controlo das recietas públicas, mas que o mesmo decreto, no artigo 16, disse que o governo deve instituir a nova grelha salarial a partir de 2017.
Mendonça salientou que, se sucessos governos afirmam que não têm condições para fazer o reajuste salarial na função pública, devido o não funcionamento da Assembleia Nacional Popular, o actual tem condições suficiente para aplicar a nova grelha na função pública.
“O executivo preocupa apenas em aumentar salário de alguns políticos, enquanto os funcionários continuarão a auferir de um salário magro que não consegue satisfazer as suas necessidades mensais”, lamentou Júlio Mendonça.
Disse que o mais caricato no Orçamento Geral de Estado (OGE) de 2018 é que o primeiro-ministro disse que não está em condições para fazer o reajuste salarial, mas que tem condições para aumentar impostos e de cobrar aos servidores de Estado as taxas profissionais num valor de 1 por cento.
O líder da UNTG disse que, o mais grave é que os deputados estão a par desta situação, mas como são solidários e preocupados apenas com o aumento do Orçamento da ANP, não discutiram o assunto e aprovaram o OGE.
“Quer dizer que estão de acordo que os trabalhadores continuem a ter uma vida miserável e os políticos cada vez mais ricos”, disse.
Por isso, Júlio Mendonça promete prosseguir com as greves até que cada servidor de Estado tenha capacidade económica de garantir educação e saúde para os seus familiares.
O Secretário-geral da UNTG apelou aos funcionários no sentido de participarem nessa reivindicação, porque se não o fizerem nunca terão “uma vida dgna”.
ANG/LPG/ÂC//SG
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